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Minas lança Programa Aliança pela Restauração para recuperar mais de 13 mil propriedades rurais

Iniciativa também é uma das ações estratégicas para implementação do Código Florestal e na promoção de práticas para neutralizar emissões de carbono

O Governo de Minas Gerais, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) lançou nesta quarta-feira (19) o programa Aliança Pela Restauração, iniciativa que estimula o setor produtivo a promover a recuperação de áreas degradadas em pequenas propriedades rurais.

O lançamento do programa foi realizado nesta tarde, na Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte. A ação é em conjunto com a Fiemg, o Instituto Estadual de Florestas (IEF); Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg Senar) e outras empresas.

‘Nosso objetivo não é apenas validar o PLAC (Plano de Ação Climática) mas restaurar essas áreas de Minas e dar a regularidade ambiental aos nossos produtores rurais para que eles possam vender seus produtos no mercado nacional e internacional. Nós também daremos assistência técnica a esses produtores rurais da agricultura familiar’
afirma Flávio Roscoe, presidente da Fiemg.

O programa também é uma das ações estratégicas para implementação do Código Florestal e na promoção de práticas para neutralizar emissões de carbono.

O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, participou do evento e falou sobre o novo passo. ‘Nós damos mais um passo nas medidas do nosso plano de ação climática. Os trabalhos que serão feitos pelo IEL (Instituto Euvaldo Lodi) serão feitos gratuitamente’.

‘Esse programa apesar de falar pelo pequeno produtor tem um impacto muito grande no geral, já que 90% dos produtores rurais são pequenos em Minas’, afirma Simões.

Expectativa e benefícios

A expectativa é que mais de 13 mil propriedades sejam beneficiadas e restauradas, com a regularização de mais de 26 mil hectares, contribuindo para a recuperação e restauração de ecossistemas.

Alinhado aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) e aos princípios ESG (Ambiental, Social e Governança), o projeto visa apoiar as metas de neutralidade de carbono do Plano de Ação Climática (Plac) e da campanha internacional Race to Zero, à qual o setor produtivo também é signatário.

O presidente da Faemg Senar, Antônio de Salvo, disse que a parceria visa o crescimento do agro mineiro mas apontou que é apenas o primeiro passo.

‘Só a restauração não será suficiente ela é o primeiro passo. O segundo é a assistência técnica aos produtores. Vamos recuperar e fazer com que os produtores enxerguem um horizonte mais limpo pra que ele continue no campo gerando’, afirmou.

A Faemg será responsável pela operacionalização do programa, assegurando a execução eficiente das ações de regularização.

Indústria e parcerias

A implementação do programa é facilitada por um levantamento estratégico realizado pelo Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), que analisou 64 empreendimentos de 32 empresas, identificando áreas prioritárias para ações de regularização. No lançamento desta quarta (19) duas empresas já assinaram o acordo.

O levantamento destacou que 53 empreendimentos estão localizados na Mata Atlântica e 11 no Cerrado, com imóveis rurais com passivos ambientais localizados a distâncias estratégicas dessas áreas.

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Com as novas estratégias como a Agenda Positiva para Segurança no Campo, anunciada na última quinta-feira (13) e o programa Aliança pela Restauração lanço nesta quarta (19), é possível afirmar que o agro mineiro está se consolidando e preparando para uma produção melhor e maior.

‘Certamente Minas vai continuar crescendo sua produção e o Brasil vai continuar crescendo porque somos um país de aptidão agrícola. Vale lembrar, 8% do território para agricultura e 20% da pecuária, 3,5% para as cidades, estradas e benfeitorias como um todo, 66% preservado no Brasil inteiro. Não precisamos de mexer em nada disso. É só a gente potencializar o que já está aberto e consolidado que vamos dobrar isso em breve’, disse o presidente da Faemg em coletiva.

Formada em jornalismo pelo Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH), Giullia Gurgel é repórter multimídia da Itatiaia. Atualmente escreve para as editorias de cidades, agro e saúde
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