O Sistema Faemg Senar, a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa), a Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) e a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) anunciaram a Agenda Positiva para Segurança no Campo, em coletiva de imprensa nesta quinta-feira (13).
‘O objetivo é muito simples: nós precisamos de dar garantia para o nosso produtor rural que as seguranças do estado estão atentas ao nosso povo’, explica Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar.
Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar
‘Nós vamos iniciar uma colheita de café, já estamos terminando a colheita da
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Forças de segurança
Segundo a Dra. Letícia Gamboge, Chefe da PCMG, os principais crimes no setor rural são contra o patrimônio: furtos e roubos. Em coletiva, a PCMG apresentou medidas estratégicas para fortalecer a segurança no campo:
- Projeto Campo Seguro – Repressão qualificada a crimes patrimoniais ligados à atividade rural, com atuação integrada e troca de informações entre delegacias.
- Proximidade com os produtores – Fortalecimento do diálogo entre a PCMG e a população rural para ampliar a prevenção e a resolução de crimes.
- Delegacias Especializadas de Repressão a Crimes Rurais – Atualmente, a PCMG conta com 11 unidades especializadas, localizadas em Uberaba, Uberlândia, Frutal, São Sebastião do Paraíso, Araxá, Passos, Guaxupé, Patrocínio, Alfenas, Poços de Caldas e Belo Horizonte. Essas delegacias são responsáveis pela investigação de crimes como furto de gado, insumos, defensivos e maquinários agrícolas.
Dra. Letícia Gamboge, Chefe da PCMG
‘Nós queremos que a nossa delegacia também seja a casa do produtor rural para atuar de forma colaborativa. Para ter essa rede de segurança fortalecida’, ressaltou a Chefe da PCMG.
Desde 2001, a Polícia Militar já tem um patrulhamento rural que tem trazido um conforto aos trabalhadores do campo.
Segundo o Coronel Maurício, Chefe do Estado-Maior da PMMG, os militares estão presentes e atuam nos 853 municípios, sendo 283 diretamente atendidos pelo serviço de patrulha rural.
Dados repassados pelos militares em coletiva, mostram que entre 2023 e 2024 houve redução de 14,7% de furto e 3,5% de roubo em Minas.
Coronel Maurício, Chefe do Estado-Maior da PMMG
No ano passado, foram recapturados 1.175 foragidos da Justiça; 1.070 presos por mandado de prisão; 1.162 presos por tráfico de drogas e 1.400 presos por porte/ posse ilegal de arma de fogo com ação da PM no campo.
‘A nossa pretensão são operações mais qualificadas a depender do momento do agro, seja na preparação do solo, cultivo e colheita’, ressalta o Coronel.
‘O trabalhador rural pode ficar tranquilo que a proteção e presença policial estará muito forte no campo e agora nesse momento com inserção de novas técnicas e tecnologias necessárias’
Veja algumas medidas da PM anunciadas em coletiva nesta quinta (13):
- Policiamento Comunitário Rural – Intensificação da presença da PMMG no campo, com ações adaptadas às características da produção agrícola de cada região.
- Uso de tecnologia – Implementação de drones para monitoramento, possível uso de reconhecimento facial e reforço no treinamento dos militares para o uso do aplicativo QApp – Módulo Policiamento Rural, que permite o levantamento de estradas via GPS, georreferenciamento de comunidades e cadastro de propriedades rurais.
- Patrulha Rural – Ativa desde 2001 e presente em 283 municípios, a Patrulha Rural seguirá atuando com policiamento ostensivo, prevenção criminal e policiamento comunitário, utilizando veículos equipados para resposta rápida.
- Megaoperação – Em breve, será lançada uma grande operação integrada para intensificar o combate à criminalidade no campo.
Prevenção e Monitoramento
Segundo o sistema Faemg Senar, a segurança rural também será reforçada com a conscientização da população sobre a importância do registro formal das ocorrências. A Cartilha de Segurança Rural do sistema está sendo aprimorada para fortalecer medidas preventivas e incentivar ações conjuntas com as forças de segurança.
Entre as novidades está um projeto piloto que prevê a instalação de câmeras de videomonitoramento em áreas rurais. Os sindicatos rurais atuarão como bases de inteligência integradas às forças de segurança, ampliando a vigilância e a proteção no campo. Além disso, está sendo proposta a criação de um canal exclusivo de comunicação entre o setor agropecuário e as forças policiais, permitindo respostas mais rápidas em casos de crimes.