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La Ninã perde força e deverá ter impacto positivo na safra 2024/2025

Climatologista Ruibran dos Reis, ouvido pela Itatiaia, disse que essa é uma boa notícia para a agricultura e que vem aí um período de chuvas bem distribuídas em todo o Estado

Um fenômeno mais tardio e mais fraco. Essa é previsão para o La Ninã da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) - principal autoridade mundial no monitoramento do fenômeno, ligada à Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. Essa semana, o órgão informou que a probabilidade de ocorrência caiu de 71% para 60%. A previsão inicial era de que o La Ninã ocorresse em agosto. No entanto, os climatologistas acreditam que o fenômeno deve chegar durante a primavera (que termina em 21 de dezembro) e com menor intensidade.

“As condições favorecem a formação de um evento fraco, que pode persistir até março de 2025, com riscos reduzidos de impactos negativos”, disse a NOAA em comunicado.

Frente fria deverá ‘organizar’ chuvas em todo o Estado

No entanto, o climatologista Ruibran dos Reis, ouvido pela Itatiaia, informou que a temperatura da água do mar na costa do Peru e do Equador no Oceano Pacífico já está mais fria 0,5% graus, o que já configura o La Niña. Segundo ele, as perspectivas para o período são positivas.

“Os modelos da NOOA mostram que vamos passar pelo período chuvoso com um La Niña de fraca intensidade, que deverá se encerrar em março ou abril. Essa é uma boa notícia para Minas Gerais, significa passagens mais frequentes de várias frentes frias. Inclusive vamos ter amanhã (13) outra frente fria que vai passar pelo litoral da região sudeste, organizando chuvas em praticamente todas as regiões de Minas, durante os meses de dezembro, janeiro e fevereiro, março”.

Ainda, segundo Ruibran, essa é uma excelente notícia para a agricultura, uma vez que estão previstas chuvas acima da média histórica e muito bem distribuídas durante esse período. “Vamos ter um período muito bom de chuvas no estado”, disse o climatologista.

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Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.



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