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Serro terá Rota Turística do Queijo Minas Artesanal; entenda

Quem visitar a região poderá conhecer o processo de fabricação dos queijos, a história e tradição do modo de fazer a iguaria

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A região do Serro - uma das mais importantes produtoras de Queijo Minas Artesanal do Estado - está prestes a ganhar uma Rota do Queijo, a exemplo da que já existe na Serra da Canastra. A iniciativa é do Sebrae Minas, em parceria com a Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult).

A intenção é potencializar e fomentar o turismo de experiência, associado à produção e comercialização dos queijos Minas Artesanal. No início desse mês, produtores e empresários locais, representantes de entidades ligadas ao setor, do Sebrae Minas e do Governo do Estado se reuniram para definir como será estruturada a rota.

A previsão é que no próximo mês de novembro, os trabalhos estejam concluídos. Quem visitar a região poderá conhecer o processo de fabricação do queijo, a história e tradição do território. Rota vai receber sinalização e serão feitos materiais de divulgação. “Temos o objetivo de trabalhar o desenvolvimento da rota como um produto turístico, potencializando a atração de investimentos para o território e valorizando a identidade cultural da região, reconhecida pela diferenciação de seus queijos no mercado”, destaca o gerente do Sebrae Minas na Regional Jequitinhonha e Mucuri, Rogério Fernandes.

“É no queijo do Serro que nasce em Minas e no Brasil a ideia de proteção do Patrimônio Imaterial da Cultura Alimentar. Às portas de receber agora o título máximo de Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco, o Queijo Minas Artesanal e o Serro, com a rota estruturada, irão contribuir para a dinamização do turismo, a geração de emprego e renda em Minas Gerais”, destacou o secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas de Oliveira.

Produtores de queijos estão sendo preparados para a nova fase

QMA do Serro é feito com leite cru, “pingo”, sal e coalho

Os empreendedores estão recebendo consultorias sobre design de experiências turísticas que serão realizadas até novembro. Ao todo, seis queijarias e outras três lojas que comercializam queijos vão participar. Estão sendo trabalhadas as seguintes temáticas:

  • ‘Experiência em propriedades rurais’: entender e vivenciar o processo de fabricação do Queijo Minas Artesanal e de outros produtos rurais e as particularidades que permitiram à região o reconhecimento com a modalidade Indicação de Procedência.
  • ‘Experiência Gastronômica’: utilizar o queijo e demais produtos da região, quitandas, doces; ‘Harmonizações’;
  • Experiências de ecoturismo e turismo de aventura’;
  • ‘Valorização e resgate do patrimônio material e imaterial, história e cultura local’;
  • ‘Técnicas de Contação de histórias’, com foco na história e em todo o contexto das pessoas do Serro.

Queijo do Serro é protegido pela Indicação de Procedência

A região tem cerca de 800 produtores e agricultores familiares de pequeno porte que integram a cadeia do QMA.

O queijo é protegido pela Indicação Geográfica (IG) desde 2011, na modalidade Indicação de Procedência (IP), que identifica e garante sua origem. O reconhecimento da IG se refere ao modo como o produto é feito: com leite cru, “pingo”, sal e coalho. O processo de maturação tem duração mínima de 17 dias.

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Maria Teresa Leal é jornalista, pós-graduada em Gestão Estratégica da Comunicação pela PUC Minas. Trabalhou nos jornais ‘Hoje em Dia’ e ‘O Tempo’ e foi analista de comunicação na Federação da Agricultura e Pecuária de MG.