Um laboratório do Amapá informou que está produzindo o choconébrio, uma mistura de chocolate, larvas de besouro, água e farelo de milho. O pesquisador do Núcleo de Ciência e Tecnologia de Alimentos do estado, Antonio Carlos Souza e responsável pela receita do inovador produto garante que ele está tendo grande aceitação no mercado.
“Trata-se de um produto inovador com um potencial gigantesco de ganhar mercado. O consumo de insetos por humanos, já é um hábito alimentar de alguns países e no Brasil enfrenta questões regulamentadoras (que estão avançando) e de barreira de mercado por questões culturais”, disse o pesquisador.
Tenébrio é um besouro na forma de larva
Larva é rica em proteína
O tal do Tenébrio, claro, é rico em proteínas. O repulsivo besouro vive em média 12 meses. A fêmea deposita cerca de 400 ovos, que eclodem com aproximadamente 12 dias. A duração da fase larval é de 120 dias e da fase de pupa, é de 21. A fase adulta dura cerca de 7 meses, neste momento, é possível identificar a sexualidade do bicho. O tamanho dos insetos varia de 4 a 5 cm de comprimento.
Minhoca vira farinha, chips e bombons
À receita, mistura-se ingredientes como açúcar e cacau em pó
O inseto é comercializado tanto para consumo humano, quanto animal. E já existem vários produtos derivados dele, como: farinhas, produção de biscoitos, chips de batata doce. A farinha, por exemplo, pode ser usada no preparo de pratos de confeitaria e no acompanhamento em geral.
Mas, de acordo com o pesquisador, por conta da ‘aparência’ do inseto, num primeiro momento, algumas pessoas tendem a rejeitar o inusitado chocolate.
“O fato de achar que todo inseto é ‘nojento’ causa um impacto inicial. Porém, a aceitação ultrapassa os 90% nos eventos de degustação que já participamos, garante Antônio Carlos. E você? Vai encarar? Eu passo.