Que tal uma trufa de caipirinha? Ou balas de caramelo com limão siciliano e cachaça? Biscoitos decorados e aromatizados com cachaça e a “quecachaça” - a tradicional queca perfumada com cachaça e recheada com compota de jabuticaba e o sorvete com cachaça da Migarba? Prepare-se! A a 33ª edição da
Duzentos e cinquenta expositores de todas as regiões do Brasil trarão mais de 2000 diferentes produtos entre cachaças, gins, cervejas especiais, queijos, azeites, vinhos e doces mineiros. Também está prevista uma grande participação de empresas fornecedoras de equipamentos e suprimentos para os setores como Moendas, Alambiques, Dornas, Caldeiras, Empresas de Garrafas, Empresas de Serviços, Laboratórios, entre outras. Mas não é só: outros dois eventos vão acontecer dentro da Expocachaça, que tem a tradição de ancorar outras cadeias produtivas: a
A expectativa é receber entre 20 e 25 mil pessoas, gerando um total de R$30 milhões em negócios.
“Realizar um evento de um produto que tem a mais alta carga tributária do Brasil é sempre um grande desafio. Principalmente agora em julho, que será discutido na Câmara dos Deputados o Imposto do Pecado, taxando ainda mais a cachaça e outras bebidas. Chegamos a pagar 81,3% de imposto e a Inconfidência Mineira aconteceu pelo Quinto do Ouro, que era 20%. O setor movimenta no Brasil cerca de 16 bilhões de reais/ano segundo a Euromonitor internacional, dos quais 80% é consumido por impostos. Ou seja, apesar de tudo, o pequeno produtor ainda busca fôlego e ânimo para participar de eventos e sobreviver neste cenário de tanta insensatez e injustiça com o produto que mais tem a cara brasileira e é a bebida nacional do Brasil por Decreto Federal. Por isso, ficamos felizes em recebê-los, vindos de 19 estados. É, sem dúvida, uma grande vitrine para todos”, desabafa José Lúcio Mendes, presidente da Expocachaça.
Para ele, a Expocachaça “é uma oportunidade para produtores artesanais de bebidas e da doçaria, vinícolas e produtores de azeite apresentarem seus produtos a um público que aprecia produtos de qualidade, além de estreitar contatos com uma rede de distribuidores, empresários e empreendedores influentes no ramo gastronômico, turístico e hoteleiro”.
Outras novidades são a presença de um estande coletivo da Aprodecana, com 10 expositores de cachaça do Rio Grande do Sul, da Secretaria de Turismo da Bahia, com doze expositores; da Agopcal de Goiás, com oito produtores e da APACS de Salinas com 26 associados.
A Feira também trará a 17ª BrasilBier, unindo as cadeias produtivas de bebidas: a cachaça de alambique e as cervejas artesanais de nomes como Krug
Bier, Laut Bier, Slod, Albanos, Verace, entre outras outras. “Teremos também gin, outros destilados, licores, bebidas mistas e diversas outras”, conta José
Lúcio.
Números da Feira
- Público acumulado: 2 milhões e 243 mil visitantes
- R$ 480 milhões de negócios realizados nas feiras e no pós-feiras
- R$ 128 bilhões em mídias espontâneas em todos esses anos.
Seapa vai apresentar o Mapa da Cachaça
Durante o evento, a Secretaria da Agricultura irá divulgar o “Perfil dos Empreendimentos de Cachaça em Minas Gerais” - um diagnóstico que ouviu 106 produtores de cachaça de alambique registrados junto ao Ministério de Agricultura e Pecuária. O documento acaba de ‘sair do forno’ e traz informações relevantes do setor como o tipo de mão de obra adotada no empreendimento, origem e volume de produção, envelhecimento e realização de análises da bebida e tributação. Também foram tratados assuntos relativos ao sistema produtivo da cana de açúcar, como origem dessa matéria-prima, tamanho da área cultivada e utilização ou não da queima da planta.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Thales Fernandes, lembrou que a cachaça de alambique é uma tradição dos mineiros e tem um papel importante na geração de emprego e renda, especialmente no segmento da agricultura familiar. “O diagnóstico tem o objetivo de conhecer mais profundamente a cadeia produtiva e direcionar ações de promoção e valorização do produto”, explicou.