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Parque Estadual do Rio Doce supera recorde de visitação dos últimos 25 anos

Unidade de conservação já recebeu 35 mil turistas somente este ano, até o mês de setembro

Antes mesmo do início do último trimestre de 2025, o Parque Estadual do Rio Doce (Perd) bateu o recorde histórico de visitantes no ano. Conforme dados divulgados pela gestão do parque, de janeiro a setembro, 35 mil turistas passaram por sua portaria, o que supera a marca atingida em 2000, quando 32 mil pessoas foram à unidade de conservação.

Ainda conforme dados do Painel de Indicadores do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), acessados pela Itatiaia desde 2021 o parque vem estabelecendo uma média de visitantes.

Em 2020, por exemplo, ainda em contexto de pandemia, 3 mil pessoas foram até o local. Em 2021 o número aumentou para 9 mil, e em 2023 e 2024 chegaram a 32 mil e 29 mil, respectivamente. No entanto, antes mesmo da covid-19, o turismo no Perd não tinha dados tão expressivos.

Somando de 2016 a 2019, o parque recebeu 42.216 de visitantes, enquanto em 2025, a administração vive a expectativa de que o número de visitações ultrapasse 40 mil, consolidando o parque como um dos destinos mais procurados para ecoturismo e educação ambiental no estado.

Vinicius Moreira, gerente do parque, em entrevista à Itatiaia, pontuou que já há uma meta arrojada para o número de visitações em 2025. “Já temos como uma pré-meta 50 mil visitantes no ano de 2026, ou seja o parque está retomando a visitação de forma acentuada, vertiginosa, para que de fato a gente consiga colocar o parque na prateleira de visitação do perfil do ecoturismo em Minas Gerais e no Brasil e de fato adquirir esse sentimento de pertencimento, sensibilizar as pessoas para essa jóia que existe no Vale do Aço. Eu sempre falo que o Vale do Aço, antes de ser do aço, é o vale da Mata Atlântica”, revelou.

Vinicius informou ainda que o Parque Estadual do Rio Doce tem uma vocação para pesquisa científica, mas que também tem investido no turismo.

“Aliar não só a pesquisa científica que é uma vocação do Parque Estadual do Rio Doce, mas também fortalecer o turismo como uma ferramenta de conservação da biodiversidade. Através dessa imantação do recebimento de turistas no interior do parque, pode-se aperfeiçoar estratégias e ferramentas de educação e sensibilização ambiental formando de fato cidadãos sustentáveis e engajados com a conservação da biodiversidade existente na Mata Atlântica Mineira e Brasileira. Isso é a chave para a conservação no século XXI”, afirmou Moreira.

Novos serviços

Nos últimos anos, iniciativas como a concessão de serviços de restaurante e lazer, passeios de barco, observação do pôr do sol, safáris noturnos e atividades guiadas por monitores ambientais ampliaram a atratividade do parque.

O parque

O Perd, com seus 35.970 hectares, é considerado a maior área contínua de floresta tropical preservada em Minas Gerais, abrigando mais de 1.600 espécies de plantas catalogadas, centenas de aves, mamíferos ameaçados de extinção e os maiores lagos naturais do estado.

Criado em 1944, é a primeira unidade de conservação de Minas Gerais e até hoje desempenha papel estratégico para a proteção de espécies ameaçadas, como o jaguarundi, a onça-parda e diversas aves endêmicas. Além disso, seus 40 lagos naturais, entre eles o Lago Dom Helvécio, atraem pesquisadores e visitantes pela beleza cênica e pela singularidade ecológica.

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