O ex-presidente Jair Bolsonaro entregou a defesa por escrito e deixou a sede da Polícia Federal, em Brasília, na tarde desta quarta-feira (18) questionando a competência do Supremo Tribunal Federal para conduzir esse inquérito, que apura uma troca de mensagens pelo aplicativo Whatsapp, em agosto de 2022, em que empresários defenderam um golpe de estado no país.
Na saída da Polícia Federal, Bolsonaro evitou dar detalhes dos argumentos da defesa entregues aos investigadores, mas garantiu que está à disposição para colaborar com a investigação. “As mensagens que eu passei, em grande parte, eram da própria imprensa. A opção dos advogados é entregar as razões de defesa por escrito, continuar batendo na tecla da competência, que não é do Supremo neste caso, mas sim da primeira instância”, destacou Bolsonaro em conversa com jornalistas na saída da PF.
Esta foi a quinta vez, neste ano, em que Bolsonaro foi convocado para prestar depoimento à Polícia Federal. O ex-presidente precisou esclarecer questões nas investigações sobre fraude no cartão de vacina; desvio e apropriação indevida de joias recebidas em viagens oficiais; os atos de vandalismo do 8 de janeiro e o suposto plano de golpe de Estado, denunciado pelo senador Marcos do Val (Podemos-ES).