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“Gosto de pensar de forma proativa: o que posso fazer para prevenir um AVC?”, comenta ao The Huffington Post, o médico Anthony Kim, neurologista vascular e diretor médico do Centro de AVC da Universidade da Califórnia (EUA).
O jornal norte-americano ouviu o profissional e outros médicos, que destacaram seis hábitos que são fatores de risco para o AVC:
1) Sedentarismo
Arthur Wang, diretor de neurocirurgia endovascular da Universidade Tulane, alerta que a falta de atividade física regular contribui para o acúmulo de placas nas artérias. “Foi comprovado que a atividade física regular ajuda a manter os vasos sanguíneos desobstruídos”, disse ele, recomendando cerca de 30 minutos de exercício moderado cinco vezes por semana.
2) Ignorar a pressão alta (hipertensão)
A hipertensão é o principal fator de risco modificável para AVCs, segundo o Anthony Kim. “Se eliminássemos a pressão alta da população dos EUA, teríamos 60% menos AVCs”, afirmou. Por ser assintomática, a pressão elevada requer monitoramento constante.
3) Não fazer check-up médico
“Esses fatores de risco frequentemente não apresentam sintomas”, alertou Wang. Exames regulares são essenciais para detectar colesterol alto, hipertensão e outros problemas silenciosos. Ele reforça ainda que fatores como histórico familiar, gênero e raça também influenciam o risco de AVC.
4) Fumar e beber em excesso
O cigarro e o álcool em excesso são dois hábitos de risco elevado. “Fumar aumenta o risco de AVC ao estreitar os vasos sanguíneos com o tempo”, explicou Kim. Já o consumo abusivo de álcool está associado a doenças cardíacas e AVCs. Para evitar riscos, o CDC recomenda no máximo um drink por dia para mulheres e dois para homens.
5) Má alimentação
A dieta tem papel central na prevenção. Reduzir sal, gorduras saturadas e açúcar é essencial, já que o sal está ligado à hipertensão. Kim recomenda seguir o conselho do jornalista Michael Pollan: “Coma principalmente vegetais, mas nada em excesso”
6) Ignorar sintomas e atrasar o tratamento
Reconhecer os sinais de um AVC é fundamental para o sucesso do tratamento. “Muitos AVCs não causam dor e os sintomas podem variar muito”, disse Kim. Ele lembra do acrônimo FAST (Face, Arm, Speech, Time. “Rosto, braço, fala e tempo”, em tradução livre): “Face caída, fraqueza no braço, dificuldade na fala e tempo para ligar para um serviço de emergência médica”, como forma de identificação rápida.