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AVC: 6 hábitos que os médicos apontam como fatores de risco

Sedentarismo, pressão alta e consumo excessivo de álcool estão entre os principais fatores evitáveis para prevenir acidentes vasculares cerebrais

A hipertensão arterial pode levar ao AVC e outras doenças cardiovasculares

O acidente vascular cerebral (AVC) está entre as principais causas de morte e incapacidade em todo o mundo, segundo a American Stroke Association. Embora muitos fatores de risco, como colesterol alto e hipertensão, sejam silenciosos, cerca de 80% dos AVCs podem ser evitados com mudanças no estilo de vida, conforme estimativas do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos.

“Gosto de pensar de forma proativa: o que posso fazer para prevenir um AVC?”, comenta ao The Huffington Post, o médico Anthony Kim, neurologista vascular e diretor médico do Centro de AVC da Universidade da Califórnia (EUA).

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O jornal norte-americano ouviu o profissional e outros médicos, que destacaram seis hábitos que são fatores de risco para o AVC:

1) Sedentarismo

Arthur Wang, diretor de neurocirurgia endovascular da Universidade Tulane, alerta que a falta de atividade física regular contribui para o acúmulo de placas nas artérias. “Foi comprovado que a atividade física regular ajuda a manter os vasos sanguíneos desobstruídos”, disse ele, recomendando cerca de 30 minutos de exercício moderado cinco vezes por semana.

2) Ignorar a pressão alta (hipertensão)

A hipertensão é o principal fator de risco modificável para AVCs, segundo o Anthony Kim. “Se eliminássemos a pressão alta da população dos EUA, teríamos 60% menos AVCs”, afirmou. Por ser assintomática, a pressão elevada requer monitoramento constante.

3) Não fazer check-up médico

“Esses fatores de risco frequentemente não apresentam sintomas”, alertou Wang. Exames regulares são essenciais para detectar colesterol alto, hipertensão e outros problemas silenciosos. Ele reforça ainda que fatores como histórico familiar, gênero e raça também influenciam o risco de AVC.

4) Fumar e beber em excesso

O cigarro e o álcool em excesso são dois hábitos de risco elevado. “Fumar aumenta o risco de AVC ao estreitar os vasos sanguíneos com o tempo”, explicou Kim. Já o consumo abusivo de álcool está associado a doenças cardíacas e AVCs. Para evitar riscos, o CDC recomenda no máximo um drink por dia para mulheres e dois para homens.

5) Má alimentação

A dieta tem papel central na prevenção. Reduzir sal, gorduras saturadas e açúcar é essencial, já que o sal está ligado à hipertensão. Kim recomenda seguir o conselho do jornalista Michael Pollan: “Coma principalmente vegetais, mas nada em excesso”

6) Ignorar sintomas e atrasar o tratamento

Reconhecer os sinais de um AVC é fundamental para o sucesso do tratamento. “Muitos AVCs não causam dor e os sintomas podem variar muito”, disse Kim. Ele lembra do acrônimo FAST (Face, Arm, Speech, Time. “Rosto, braço, fala e tempo”, em tradução livre): “Face caída, fraqueza no braço, dificuldade na fala e tempo para ligar para um serviço de emergência médica”, como forma de identificação rápida.

Jornalista graduado com ênfase em multimídia pelo Centro Universitário Una. Com mais de 10 anos de experiência em jornalismo digital, é repórter do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. Antes, foi responsável pelo site da Revista Encontro, e redator nas agências de comunicação FBK e Viver.