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AirTag colocada em tênis descobriu o destino da doação à Cruz Vermelha e revoltou doador

Um influenciador colocou uma AirTag em sapatos doados à Cruz Vermelha, com o objetivo de perceber o destino da sua doação.

Airtag foi colocada em tênis por um influenciar para saber para onde iria a doação

Um experimento curioso realizado por um influenciador alemão com uma AirTag lançou luz sobre o destino, por vezes, surpreendente das doações a organizações humanitárias. O caso, que viralizou nas redes sociais, levantou questionamentos sobre a logística e a transparência no processo de repasse de itens doados.

Os AirTags, assim como outros dispositivos de localização disponíveis no mercado, são pequenos gadgets que se tornaram ferramentas valiosas para rastrear objetos, desde chaves até malas de viagem.

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Sua utilidade se estende à tranquilidade de muitos usuários, que veem nesses dispositivos uma forma eficaz de não perder itens importantes. No entanto, a versatilidade dos AirTags vai além da simples localização de pertences, já que o rastreador da Apple tem um histórico de ser utilizado em investigações, inclusive para detectar fraudes.

Doação feita na Alemanha é encontrada à venda no Sudeste Europeu

Em mais um episódio que demonstra o potencial investigativo do AirTag, um influenciador digital alemão, conhecido como Moe.Ha no TikTok, decidiu usar o dispositivo para acompanhar o trajeto de uma doação feita à Cruz Vermelha. Com o objetivo de entender para onde suas contribuições realmente vão, ele inseriu uma AirTag em um par de tênis e os depositou em um contêiner de coleta em Munique, na Alemanha.

O resultado da experiência surpreendeu o influenciador e sua comunidade online. Após dias de rastreamento, o AirTag revelou que os tênis não ficaram na Alemanha, nem foram diretamente para pessoas necessitadas em situação de vulnerabilidade no país. Para a surpresa de Moe.Ha, os calçados viajaram quase 800 quilômetros e foram parar em uma loja de artigos de segunda mão na Bósnia e Herzegovina, um país no Sudeste Europeu.

“Depois de quase 800 quilômetros e cinco dias de transporte, os tênis acabaram em uma loja de artigos de segunda mão na Bósnia. Não conseguia acreditar”, relatou o influenciador em seu vídeo, expressando seu espanto com o desfecho da doação.

Decidido a confirmar a localização, Moe.Ha viajou até a Bósnia e Herzegovina. Ao chegar à loja indicada pelo AirTag, ele encontrou os tênis à venda por 20 marcos conversíveis, o equivalente a aproximadamente 10 euros (cerca de 58 reais na cotação atual). Ao questionar uma funcionária sobre a origem dos itens disponíveis na loja, a resposta foi ainda mais intrigante: “Minha chefe é bósnia e vive na Alemanha, e é ela que traz as roupas”, explicou a vendedora.

O que o caso revela sobre as doações?

O episódio levantou um debate importante sobre o destino das doações e a transparência das organizações humanitárias. Embora seja comum que grandes volumes de doações sejam vendidos para arrecadar fundos para as causas apoiadas, ou que sejam repassados para outras entidades parceiras em diferentes países, a forma como essa transição acontece nem sempre é clara para os doadores.

Este caso específico, documentado por um influenciador com grande alcance, ressalta a importância de as instituições serem mais explícitas sobre como os itens doados são utilizados. Afinal, a intenção de quem doa é, na maioria das vezes, que o item chegue diretamente a quem precisa, ou que a venda do mesmo beneficie diretamente a causa humanitária de forma transparente.

A Cruz Vermelha, como muitas outras ONGs, opera em uma escala global, e o transporte de doações entre países pode ser parte de sua logística para atender a diferentes necessidades. No entanto, o experimento de Moe.Ha serve como um lembrete valioso da curiosidade dos doadores e da necessidade de um fluxo de informações mais claro sobre todo o processo.

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