O fim de outubro não encerra a atenção à prevenção ao câncer de mama. A cor rosa permanece como lembrança diária de que o cuidado precisa ser rotina. O Instituto Nacional de Câncer estima mais de 70 mil novos casos de câncer de mama no Brasil em 2025, cenário que exige vigilância permanente. Mas a boa notícia se confirma nos consultórios e nas estatísticas: quando o câncer é descoberto no início, a chance de cura passa de 90% e os tratamentos costumam ser menos agressivos, preservando a qualidade de vida. A Rede Mater Dei de Saúde responde a esse chamado com a campanha Elas por Elas, que reúne informação de confiança, acolhimento e histórias reais para fortalecer redes de apoio. A iniciativa inclui uma revista especial com conteúdo sobre prevenção, diagnóstico e tratamento, disponível nos canais da Rede, para orientar decisões informadas em cada etapa do cuidado.
Autoexame e mamografia anual a partir dos 40
A mamografia segue como principal aliada do rastreamento. Segundo a mastologista da Rede Mater Dei, Dra. Anna Salvador, o exame identifica alterações milimétricas antes de qualquer nódulo ser palpável. “O diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura e possibilitar tratamentos menos agressivos”, afirma. A orientação da Sociedade Brasileira de Mastologia prevê mamografia anual para todas as mulheres a partir dos 40 anos, mesmo sem sintomas. Em situações de maior risco, como histórico familiar em parentes de primeiro grau, mutações genéticas conhecidas ou radioterapia torácica prévia, o rastreamento precisa começar mais cedo e de forma individualizada, sempre com avaliação médica.
Reconhecer sinais do próprio corpo favorece consultas em tempo hábil. Endurecimento na mama ou na axila, mudança de formato, inversão do mamilo, secreção especialmente sanguinolenta, pele com aspecto de casca de laranja, vermelhidão persistente ou retrações merecem investigação rápida com ginecologista ou mastologista. O autoexame ajuda no autoconhecimento e não substitui a mamografia nem o exame clínico profissional. A recomendação é observar as mamas regularmente, de preferência após o período menstrual, e manter o acompanhamento em dia. Esse conjunto de atitudes cria uma barreira de proteção que se sustenta ao longo do ano e não apenas em outubro.
A importância da informação também aparece nas narrativas de quem enfrenta a doença. Em tratamento na Rede Mater Dei, a mineira Rebeca Silva, de 34 anos, recebeu um diagnóstico precoce desafiador e compartilha o impacto do cuidado ágil. “Meu caso era atípico. Mesmo com nódulos muito pequenos, que só pude sentir porque a região ficou inflamada, o câncer se espalhou rapidamente para ossos e fígado, causando fratura na coluna cervical e lesão no fêmur, com dor intensa no quadril e na perna”, relata. Em cerca de cinco meses, o exame de imagem mostrou uma resposta completa, sem sinais de atividade tumoral. “Sei que meu caso é fora do comum, mas quero que minha história sirva de alerta e esperança. O diagnóstico precoce salva vidas. Descobrir a doença no início faz toda a diferença. Sigo com meu tratamento e vivendo um dia de cada vez”, afirma Rebeca Silva.
Cuidado integral o ano inteiro
A campanha Elas por Elas reforça que o compromisso com a saúde da mulher vai além das mamas e inclui o rastreamento do câncer de colo do útero, terceiro tumor mais incidente entre brasileiras e quarta causa de morte por câncer na população feminina. A ginecologista da Rede Mater Dei Dra. Lívia Salvador Geo reforça que se trata de um câncer prevenível. “Lesões precursoras, se identificadas precocemente, têm tratamento eficaz, seguro e pouco invasivo. A consulta ginecológica é oportunidade para rastreamento, diagnóstico precoce e esclarecimento de dúvidas”. O cuidado ganhou precisão com métodos como o exame de DNA HPV, que ampliam a sensibilidade do rastreamento e favorecem decisões rápidas e seguras. Para a especialista, a orientação requer olhar individualizado. “Cada caso deve ser individualizado, entender o contexto em que aquela paciente está inserida e adequar o protocolo a sua realidade”.
A discussão sobre prevenção também considera a diversidade de gênero. Estudos internacionais apontam risco elevado de câncer de mama em mulheres trans em uso de hormonioterapia estrogênica, enquanto homens trans que realizaram mastectomia masculinizadora podem ter risco menor, embora o tecido remanescente ainda demande atenção. A mastologista da Rede Mater Dei reforça a necessidade de incluir essas realidades no dia a dia do cuidado. “Pensar em gênero em campanhas e protocolos de prevenção é fundamental para garantir acesso equitativo ao cuidado”, garante.
Ao se despedir do Outubro Rosa, a mensagem da tradicional campanha permanece viva. Consultas regulares, mamografia no prazo, escuta atenta aos sinais do corpo e informação de qualidade compõem uma rotina que protege durante os doze meses. A campanha Elas por Elas, da Rede Mater Dei, convida as mulheres a manter essa roda girando com apoio profissional, redes de acolhimento e conteúdo confiável sempre à mão. Prevenção contínua salva vidas e transforma outubro no ponto de partida para um calendário inteiro de cuidado.
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