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Febre Oropouche: mais uma morte pela doença é confirmada; no país já são quase 11 mil casos

Duas mortes foram registradas na Bahia e uma em Pernambuco

Mais uma morte por Febre Oropouche foi confirmada pelas autoridades de saúde do Estado do Espírito Santo. Esta é a quarta morte confirmada no Brasil, neste ano, a primeira do estado capixaba. Duas mortes foram registradas na Bahia e uma em Pernambuco. No país já foram contabilizados quase onze mil casos da doença. Os estados com maior número de registros são o Amazonas e o Espírito Santo com mais de três mil casos.

De acordo com o diretor da Sociedade Mineira de Imunização e epidemiologista do laboratório Hermes Pardini, José Geraldo Ribeiro, a febre oropouche era considerada uma doença com potencial epidêmico, mas benigna. Ele ainda explica que a capacidade do diagnóstico da doença melhorou esse ano, o Ministério da Saúde distribuiu os testes para os laboratórios regionais e o diagnóstico evoluiu. O que preocupa é se o número de casos realmente aumentou ou se os testes estão constatando uma situação que já existia, por isso, o aumento da doença deve ser motivo de atenção da vigilância epidemiológica.

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Transmissão

O transmissor da febre oropouche é o mosquito pólvora, conhecido em alguns locais como borrachudo, ele tem o comportamento diferente do aedes aegypti, que é o mosquito da dengue. “O aedes aegypti, tradicionalmente, nos pica dentro de casa, se reproduz dentro da nossa casa. Já esse mosquito, ele pica mais no exterior. Claro que, se ele reproduzir próximo à casa, ele pode adentrar. Então, ele pica muito ao entardecer. Então, se eu tenho uma gestante num local onde está havendo transmissão, ela deve evitar esses horários, amanhecer e entardecer, e de ir ao exterior. Se precisar ir usar roupas de manga comprida, calça comprida, em áreas externas usar repelentes próprios para a gestante. Claro que o cuidado com o quintal da casa, com a própria casa, alguns locais sugerem telas, é importante, mas a maioria das picadas desse mosquito é nesses horários fora do domicílio”, detalha o epidemiologista.

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O alerta vale para toda a população, mas as pessoas que frequentam áreas rurais ou de periferia, devem redobrar a atenção. “Nas periferias da cidade, que é aquela transição da cidade para o campo, que nós temos em muitos bairros aqui em Belo Horizonte, o mosquito é mais comum. Em Santa Catarina, por exemplo, foi identificada a presença maior dele em cidades, na zona urbana. A Organização Panamericana de Saúde (OPAS), atribui isso ao aquecimento global, a desmatamento, a outros fatores, que é difícil a gente comprovar, mas são bastante razoáveis pela biologia do mosquito”, detalha José Geraldo Ribeiro, diretor da Sociedade Mineira de Imunização e epidemiologista do laboratório Hermes Pardini.

Sintomas

Os sintomas da febre oropouche são parecidos aos de arboviroses, como a dengue, a chikungunya e a febre amarela. Por isso, é importante que o diagnóstico seja feito por meio de exame. Os principais sintomas da febre oropouche são febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, tontura, dor atrás dos olhos, calafrios, fotofobia (intolerância à luz), náuseas e vômitos, falta de apetite e manchas pelo corpo.


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Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.
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