A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), divulgou um alerta sobre o consumo de fórmulas infantis. A agência advertiu a população para a ocorrência de efeitos adversos com o uso indevido das fórmulas. Uma das recomendações é que os consumidores devem evitar comprar fórmulas infantis importadas devido à dificuldade de saber a origem do produto.
De acordo com a nutricionista Ludmila Tomaz, professora do curso de nutrição do Centro Universitário UNA, os cuidados são necessários desde o manuseio da fórmula até o momento do preparo.
“Deve-se avaliar todas as necessidades nutricionais também da criança, qual a melhor fórmula indicada. A recomendação não só de indicação da condição de saúde, mas das condições higiênicas de preparo. Na própria nota da Anvisa, ela reforça a importância da higiene no momento do preparo, que é usar água filtrada e fervida em temperatura de 70 graus para evitar contaminação por micro-organismos como cronobacter e salmonela. Então, imagina uma criança que vai fazer o uso de uma fórmula, você já não está oferecendo o que é o melhor, que é o leite materno. Você oferecer uma fórmula infantil que não tem essa segurança e não tem ainda os cuidados necessários, então você coloca em risco a saúde dessa criança. Ela não tem ainda o seu sistema imunológico formado para se defender. A água tem que ser fervida a 100 graus. No momento do preparo, ela tem que estar a 70 graus, para evitar que micro-organismos causem doenças e tragam problema para a criança”, detalha.
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Para garantir a segurança da fórmula que a criança vai usar, o consumidor pode verificar o número de registro das fórmulas infantis no site da Anvisa. “Esse registro é muito importante porque vai garantir que aquele produto realmente garante as condições exigidas pela Anvisa, que é o órgão que fiscaliza. É muito importante até saber que os sites, eles não podem ficar fazendo anúncios promocionais de fórmulas para lactentes. Existe a Norma Brasileira de Comercialização de Alimentos para Lactentes e Crianças de Primeira Infância, Bicos, Chupetas e Mamadeiras (NBCAL), que proíbe que essas fórmulas direcionadas para os lactentes sejam ofertadas de forma promocional. Para confirmar o registro do produto, a Anvisa sugere uma consulta à base de dados disponível no portal da agência. A agência pede que o consumidor só utilize fórmulas infantis com orientação de um profissional da saúde habilitado”, explica Ludmila Tomaz, nutricionista e professora do curso de nutrição do Centro Universitário UNA.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o aleitamento materno de maneira exclusiva até os seis meses de vida e, até os dois anos de idade ou mais como complemento da alimentação.