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Cigarros eletrônicos e vapes: gatilho para depressão em adolescentes

Pesquisas revelam que quadros depressivos, solidão e estresse podem levar jovens ao uso de vapes, preocupando especialistas e autoridades de saúde

Cigarros eletrônicos e vapes: gatilho para depressão em adolescentes

Estudos recentes publicados em revistas científicas internacionais apontam para uma preocupante relação entre o uso de cigarros eletrônicos e problemas de saúde mental entre adolescentes. As pesquisas indicam que quadros depressivos, sentimentos de solidão e estresse podem atuar como gatilhos para o uso desses dispositivos, conhecidos como vapes, especialmente na faixa etária de 12 a 17 anos.

Segundo dados do IBGE, cerca de 17% dos adolescentes brasileiros entre 13 e 17 anos já experimentaram cigarros eletrônicos, apesar da proibição pela Anvisa. Nos Estados Unidos, o cenário é ainda mais alarmante, com índices chegando a 32% em algumas regiões.

Vulnerabilidade na adolescência

O Dr. Guilherme Loz, psiquiatra, explica que a adolescência é um período de transição marcado por alta ansiedade e busca por aceitação social. ‘A ansiedade elevada bloqueia o circuito de dopamina, neurotransmissor responsável pelo prazer e autoconfiança. Os vapes oferecem um alívio temporário desses sintomas, trazendo uma falsa sensação de empoderamento e destaque social’, afirma o especialista.

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O uso de cigarros eletrônicos não apenas é um possível resultado de problemas emocionais, mas também pode agravar quadros de depressão e ansiedade. ‘O uso alimenta um vazio e um exercício de ansiedade que vai deprimindo e isolando o adolescente cada vez mais’, alerta Dr. Loz.

Desafios no combate ao uso

A facilidade de acesso e o design discreto dos vapes dificultam o controle do uso, inclusive em ambientes escolares. O professor Alexandre Santos, especialista em comportamento, ressalta a necessidade de maior fiscalização e combate ao abuso desses produtos.

'É preciso combater essa exploração da vulnerabilidade dos adolescentes, não apenas em relação aos vapes, mas também considerando o impacto negativo das redes sociais nessa faixa etária’, argumenta Santos.

Especialistas alertam para os riscos à saúde física e mental a longo prazo, bem como para o potencial impacto econômico no sistema de saúde pública. A sociedade é chamada a ser mais vigilante e ativa no combate ao uso de cigarros eletrônicos por menores, reconhecendo a seriedade do problema e seus efeitos duradouros na saúde da população jovem.

* Esse artigo foi criado com ajuda de Inteligência Artificial


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