O Ministério da Saúde fez, nesta semana, a inclusão do medicamento rivastigmina no Sistema Único de Saúde (SUS). O remédio é o único, com registro em bula, para tratamento de pacientes com doença de Parkinson e demência, no Brasil.
Segundo o Ministério da Saúde, cerca de 30% das pessoas que vivem com Parkinson desenvolvem demência e não havia ainda tratamento medicamentoso disponível pelo SUS para esses casos.
A doença de Parkinson é uma síndrome composta por quatro principais alterações motoras, tremor de repouso, a rigidez, a bradicinesia e a instabilidade postural. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial sofre com a doença.
Segundo Fidel Meira, neurologista da Unimed-BH e Presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, a doença de parkinson é uma das doenças neurodegenerativas do adulto mais comuns que existem e uma causa muito importante de morbidade e de mortalidade ao redor do mundo.
Ela tem relação com a redução do funcionamento do circuito de dopaminérgicos, ou seja, dentro do cérebro onde funcionam os circuitos que usam a dopamina como neurotransmissor, funciona mal. A incidência da doença aumenta a partir dos 60 anos de idade. Então, abaixo de 60 anos é raro, apesar de poder acontecer em alguns casos, mas a média da idade de diagnóstico é 70 anos.
Sintomas
O médico explica que, na doença de Parkinson, são identificados dois grupos de sintomas, os sintomas motores e os sintomas não motores. Entre os sintomas motores tem aqueles os principais são o tremor, que é um tremor de repouso, a bradicinesia, que é a lentificação dos movimentos, a rigidez, que tem uma característica de roda dentada, quando a pessoa com a doença se movimenta, a articulação parece que tem uma engrenagem e, a instabilidade postural, que é a tendência às quedas da própria altura.
Já entre os sintomas não motores são vários que chamam a atenção. Alterações cognitivas e demência, que podem acontecer normalmente em estágios mais avançados da doença. O paciente pode ter sintomas psicóticos e outros sintomas psiquiátricos como depressão, ansiedade e apatia. Esse paciente pode ter dificuldades para dormir, inclusive ele tem uma alteração de sono, que é muito curiosa, que é a chamada de distúrbio comportamental do sono rei.
Tratamento
De acordo com o presidente da Sociedade Mineira de Neurologia, Fidel Meira, o tratamento da doença de Parkinson, se inicia com o tratamento medicamentoso e esse tratamento é levado durante muito tempo da doença.
O principal pilar do tratamento é o estímulo dopaminérgico, que é dar um medicamento que vai fazer funcionar melhor os circuitos com a dopamina. “Normalmente o tratamento começa quando a doença de Parkinson está trazendo já algum impacto de qualidade de vida para o paciente. Por exemplo, se a doença de Parkinson está afetando muito mais o lado que é dominante, a pessoa que escreve com a mão direita e está muito afetado. Se a doença interfere no trabalho, nas atividades de vida diária, nas atividades sociais ou de prazer desse paciente”, destaca.