Ouvindo...

Especialista alerta para casos de raiva em morcegos em BH

Em casos suspeitos, o morador de Belo Horizonte pode ligar para o 156.

A doença infecciosa viral aguda tem taxa de mortalidade alta

Pelo menos dois casos de raiva em morcegos foram confirmados em Belo Horizonte neste ano. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, os casos foram registrados nas regionais Leste e Pampulha. De acordo com o diretor de Zoonoses de Belo Horizonte, Eduardo Vianna, a circulação do vírus da raiva vem sendo acompanhada de perto.

“Sempre pedimos à população o apoio. Existe um serviço de vigilância para raiva, estabelecido na cidade. Ou seja, todo animal, mamífero silvestre ou doméstico, com sintomatologia que apareça morto deve ser encaminhado para o laboratório de zoonoses da Prefeitura, onde será coletado material para identificação do vírus. E, no caso da ocorrência de positividade nas amostras, é extratada uma ação de bloqueio e orientação para a população do local”, detalha.

Leia também

No ano passado, foram identificados 15 casos. A doença infecciosa viral aguda tem taxa de mortalidade alta. Praticamente 100% das pessoas infectadas com o vírus da raiva acabam morrendo. Os sintomas duram, em média, de dois a dez dias.

O diretor de zoonoses afirma que é um ciclo iniciado pelo animal silvestre, ou seja, em mamíferos, principalmente morcegos, gambás e outros que vivem nos centros urbanos. Normalmente, de forma acidental, os animais silvestres podem passar o vírus da raiva para cães e gatos que, através de mordidas em animais mortos contaminados. Assim, depois de um certo tempo após o período de incubação, transmitir também para o ser humano.

Prevenção

“A principal forma de prevenção, por isso que a Prefeitura sempre realiza um esforço, é a vacinação de cães e gatos. Porque o contato com animais silvestres ele é mais raro. Mas a presença de cães e gatos no ambiente doméstico pode facilitar essa transmissão”, afirma o diretor.

“A vacina é segura e a principal fonte de proteção não só para esses animais, mas também para o ser humano. Além da campanha anual, que acontece todo ano, entre agosto e setembro, nós temos, também, à disposição da população durante todo o ano seis locais, os centros de esterilização ou o centro de controle de zoonoses”, alerta.

Em casos suspeitos, o morador de Belo Horizonte pode ligar para o 156. Uma equipe especializada vai até o local recolher o animal para os exames. É importante dizer que a pessoa não deve, em hipótese nenhuma, tocar no animal morto, principalmente em morcegos.

Sintomas

  • Mal-estar;
  • Dor de cabeça;
  • Náuseas;
  • Dor de garganta;
  • Irritabilidade;
  • Inquietude;
  • Sensação de angústia;
  • Confusão mental.

Participe do canal da Itatiaia no Whatsapp e receba as principais notícias do dia direto no seu celular. Clique aqui e se inscreva.

Jornalista formada pelo Uni-BH, em 2010. Começou no Departamento de Esportes. No Jornalismo passou pela produção, reportagem e hoje faz a coordenação de jornalismo da rádio Itatiaia.