Quando carros e rock se encontram: a paixão que atravessa gerações

A união entre motores e guitarras moldou movimentos culturais e marcou músicas

Quando carros e rock se encontram a paixão que atravessa gerações

A paixão que começou com a Jovem Guarda

Carros e rock sempre andaram lado a lado, porque ambos representam liberdade, irreverência e identidade. Além disso, no Brasil essa relação ganhou força com a Jovem Guarda, movimento que colocou o automóvel como símbolo de juventude e atitude. Ainda assim, poucos lembram que Roberto Carlos já cantava essa paixão de forma divertida em “Calhambeque”, música que virou marco e ajudou a popularizar o amor nacional pelos carros.

A influência de Erasmo e o impacto do carro vermelho

Erasmo Carlos também reforçou essa relação com sua música “Meu Carro Vermelho”, que muitos fãs associam aos Mustangs que circulavam pelo Brasil. Por outro lado, alguns acreditam que o modelo citado poderia ser um Alfa Romeo, já que o vermelho também era sua cor icônica. Dessa forma, o automóvel passou a influenciar diretamente artistas brasileiros e moldar comportamentos que atravessaram gerações.

O Opala e o humor irreverente do rock nacional

Nas décadas seguintes, o rock brasileiro transformou carros em personagens de histórias irreverentes, porque a cultura automotiva sempre esteve presente no imaginário do público. Por exemplo, os Raimundos homenagearam o Chevrolet Opala em “Eu Quero Ver o Oco”, retratando de maneira exagerada e cômica os perrengues de quem vivia aventuras com o carro. Consequentemente, a música eternizou o modelo no universo do rock.

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A irreverência do Simca Chambord no Camisa de Vênus

Marcelo Nova, do Camisa de Vênus, também utilizou automóveis como narrativa em suas músicas, porque os carros representavam liberdade e contestação. Em “Simca Chambord”, o personagem usa o carro da avó como esconderijo amoroso, já que o inverno atrapalhava seus encontros. No entanto, o Simca também é citado em tom crítico, pois chegou a ser impedido de circular quando as cidades foram tomadas por veículos militares.

A paixão dos artistas internacionais pelos automóveis

No cenário internacional, a relação entre música e carros é ainda mais explícita, porque muitos músicos são colecionadores apaixonados. James Hetfield, vocalista do Metallica, é dono de vários Hot Rods e expressa essa paixão na música “Fuel”. Inclusive, a letra faz jogo de palavras que mistura velocidade, adrenalina e referências pessoais, reforçando o peso emocional dos automóveis na cultura do rock.

Carros como símbolo cultural e inspiração eterna

No Brasil ou no exterior, os automóveis nunca foram apenas máquinas, porque representam estilo, memória e identidade. Ainda assim, poucos temas inspiram tantos músicos quanto carros modificados, Hot Rods ou clássicos que marcaram períodos inteiros. Em síntese, carro e rock continuarão ligados por décadas, já que ambos mexem com emoção, liberdade e a eterna vontade de acelerar a vida.

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Profissional de Comunicação. Head de Marketing da Metalvest. Líder da Agência de Notícias da Abrasel. Ex-atleta profissional de skate. Escreve sobre estilo de vida todos os dias na Itatiaia e na CNN Brasil.

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