O governador Romeu Zema (Novo) afirmou que a saúde pública de Minas Gerais está “muito melhor” do que no início de sua gestão, em 2019. A declaração foi dada nesta terça-feira (12), durante entrevista à Rádio Itatiaia, mesmo dia em que
De acordo com o levantamento, 50,37% dos entrevistados consideram a saúde a área mais deficitária em Minas. Em seguida, aparecem infraestrutura e obras, citadas por 20,37% dos eleitores, e segurança pública, mencionada por 18,57%.
Zema disse que respeita a percepção da população, mas defendeu que os avanços são “inquestionáveis”. “Quando assumimos, havia hospitais parados, obras abandonadas e dívidas com fornecedores. Hoje, temos hospitais regionais em funcionamento, equipamentos novos e muito mais recursos chegando às prefeituras”, afirmou.
O governador ressaltou que “o desafio é grande”, mas destacou que “quem compara a situação de hoje com a de seis anos atrás vê claramente que houve melhora”. Ele também prometeu dar continuidade aos investimentos: “Não vamos retroceder. Nosso compromisso é terminar todas as obras que encontramos paradas e garantir atendimento digno em todas as regiões do estado”.
Zema destacou avanços, como a ampliação de leitos e melhorias em unidades hospitalares. “Se comparar com seis anos atrás, os números mostram que estamos mais bem preparados para atender a população”, afirmou, acrescentando que “nenhum problema se resolve da noite para o dia, mas temos trabalhado de forma consistente para mudar essa realidade”.
Não é bem assim
Apesar do discurso otimista, mais de dois anos após o início de seu segundo mandato, nenhum dos seis hospitais regionais prometidos pelo governador foi entregue. Consideradas estratégicas para desafogar o sistema e ampliar o atendimento especializado no interior, as unidades estão sendo construídas com recursos do acordo pela tragédia de Brumadinho, de 2019. O compromisso, registrado no plano de governo apresentado ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2022, previa a conclusão dos hospitais para reduzir “vazios assistenciais” no estado.
As obras seguem em andamento em Conselheiro Lafaiete, Sete Lagoas, Divinópolis, Governador Valadares e Teófilo Otoni, mas sem prazos divulgados. Em Juiz de Fora, o próprio Zema já admitiu que não entregará a unidade.
A pesquisa também aponta que, depois da saúde, a infraestrutura e obras aparecem como o segundo maior problema para 20,37% dos entrevistados, seguida pela segurança pública, com 18,57%.