O Supremo Tribunal Federal (STF) inicia nesta quinta-feira (24) os interrogatórios de 13 réus dos núcleos 2 e 4, acusados de participar de uma tentativa de
Quem será ouvido?
Os interrogatórios envolvem réus de dois núcleos da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR):
Núcleo 2 – Planejamento e comando das ações golpistas:
- Mário Fernandes – general da reserva
- Filipe Martins – ex-assessor internacional de Bolsonaro
- Marcelo Câmara – ex-assessor de Bolsonaro
- Silvinei Vasques – ex-diretor da PRF
- Marília de Alencar – ex-subsecretária de Segurança do DF
- Fernando de Sousa Oliveira – ex-secretário-adjunto de Segurança do DF
Núcleo 4 – Disseminação de fake news contra as urnas eletrônicas:
- Ailton Barros – capitão reformado do Exército
- Ângelo Denicoli – major da reserva
- Carlos Moretzsohn – presidente do Instituto Voto Legal
- Giancarlo Rodrigues – subtenente do Exército
- Guilherme Marques – tenente-coronel do Exército
- Marcelo Bormevet – policial federal e ex-integrante da Abin
- Reginaldo Abreu – coronel do Exército
Segundo a PGR, esse grupo teria elaborado planos que incluíam a prisão de autoridades e até o assassinato do ministro Alexandre de Moraes. Um dos documentos centrais é a chamada “minuta do golpe”, que teria sido redigida por Filipe Martins e revisada por Bolsonaro.
Todos os réus respondem pelos mesmos crimes: tentativa de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado e destruição de patrimônio público. Se condenados, podem pegar até 46 anos de prisão. Todos negam envolvimento.
Após os interrogatórios, as defesas ainda poderão pedir novas diligências. Em seguida, será aberta a fase das alegações finais, com a manifestação de todas as partes do processo. Só depois disso, o STF poderá marcar o julgamento, que deve ocorrer ainda este ano. Na próxima segunda-feira (28), começam os depoimentos dos réus do núcleo 3, que inclui militares das Forças Especiais acusados de executar o plano golpista.