Mais uma vez, manifestantes vão à Avenida Paulista, no centro de São Paulo, neste domingo (3), em um ato, batizado de “Reaja Brasil”, a favor do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e contra o Supremo Tribunal Federal, em especial o ministro Alexandre de Moraes, e o presidente Lula (PT).
O protesto, organizado pelo pastor Silas Malafaia, que tem subido o tom nas críticas aos adversários de Bolsonaro, não vai contar com a presença do ex-presidente, por conta das medidas cautelares impostas contra ele pelo STF, que que proíbem a saída de casa aos fins de semana, além do uso da tornozeleira eletrônica.
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Um dos principais aliados, e ex-ministro do governo Bolsonaro, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), também não vai comparecer ao ato deste domingo (3). Ele vai passar por uma radioablação da tireoide no Hospital Albert Einstein. Trata-se de um procedimento não invasivo, em que nódulos são tratados com frequência de onda de calor, com alta prevista para o mesmo dia. De acordo com a nota da assessoria do governador, ele não irá ao evento por recomendação médica.
Outras lideranças do PL estarão na Avenida Paulista. O nome mais expressivo do deputado federal Nikolas Ferreira. O parlamentar irá ao protesto em Belo Horizonte pela manhã e voa para São Paulo na sequência.
O senador Flávio Bolsonaro (PL), filho do ex-presidente, estará no Rio de Janeiro. O evento será realizado às 11h. Ficaria difícil estar em São Paulo antes das 14h, quando começa o ato na Avenida Paulista.
O pastor Silas Malafaia tem minimizado sobre o esvaziamento do último ato e a possível falta de quórum neste. O pastor diz que o mais importante é “defender o país contra perseguição política e autoritarismo do Judiciário”.
A imagem seria usada como arma política. A expectativa é que Bolsonaro seja julgado e condenado pelo STF por tentativa de golpe de Estado ainda neste ano. A avenida Paulista esvaziada, porém, significaria uma arma política sem munição.
Reivindicações
O “Reaja Brasil” pede pela anistia dos condenados do dia 8 de janeiro de 2023 e pede o impeachment do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e ao ministro Alexandre de Moraes, além de ser uma reposta às últimas medidas impostas pela Justiça a Bolsonaro, como a tornozeleira eletrônica.