O presidente Luiz Inácio Lula da Silva declarou nesta sexta-feira (22) apoio ao governo de Gustavo Petro e ao povo colombiano, após
A manifestação de Lula ocorre no momento em que a Colômbia enfrenta a pior onda de violência da última década. Em Cali, um carro-bomba explodiu nas proximidades de uma base aérea, matando cinco pessoas e ferindo 36, de acordo com balanço da prefeitura divulgado na quinta-feira (21). O impacto destruiu casas, incendiou veículos e deixou moradores em pânico.
Testemunhas relataram cenas de caos. “Ouvimos o barulho estrondoso da explosão. Havia muitos feridos e casas destruídas”, disse Héctor Fabio Bolaños, diretor de uma escola vizinha que precisou ser evacuada.
As autoridades locais ainda não atribuíram a autoria do atentado, mas a região concentra a atuação de dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) que rejeitaram o acordo de paz de 2016 e disputam territórios com narcotraficantes pelo controle do envio de cocaína para os Estados Unidos e Europa.
Este não foi um episódio isolado. No início de julho, Cali já havia registrado ataques com explosivos e drones, que resultaram em sete mortes. Especialistas avaliam que, apesar do processo de paz firmado com a maior parte das Farc há quase uma década, a ausência do Estado em áreas estratégicas permitiu a reorganização de facções armadas.
Lula também aproveitou a declaração para lembrar os esforços de cooperação regional. “Em 2023, na Cúpula de Belém, revitalizamos a cooperação em prol de um modelo de desenvolvimento que combina proteção da floresta e inclusão social. Hoje, adotamos a Declaração de Bogotá, que traz novos chamados à ação”, completou.