O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, cobrou, nesta quarta-feira (6), uma ação do governo federal diante do tarifaço dos Estados Unidos e disse que que o Estado, segundo mais afetado do país, não tem como substituir a articulação diplomática necessária para proteger setores como o de carnes, móveis, calçados e armas. A declaração foi dada em entrevista à Itatiaia.
Leite afirmou que, embora reconheça a “responsabilidade” de Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado, na articulação das medidas dos EUA, o presidente Lula também contribui para o “desgaste” nas relações com o país norte-americano. “O presidente Lula, infelizmente, insiste em declarações contra o dólar e discursos com conotação antiamericana”, afirmou, acrescentando que isso “cria um ambiente desfavorável”.
Leite disse que o momento exige pragmatismo e criticou a postura do governo federal por não buscar uma negociação direta com Donald Trump. “O Canadá, o México, a União Europeia e o Japão também foram alvos de medidas do governo Trump, mas foram pragmáticos e sensatos”, afirmou. E defendeu que Lula ligue para Trump: “É necessário senso de urgência”.