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“Da minha parte, de comandantes militares, nunca se falou em golpe. Golpe é uma coisa abominável. O golpe talvez seja fácil começar, o after day que é simplesmente imprevisível e danoso por todo mundo. Não foi sequer cogitado essa hipótese de golpe no meu governo”, pontuou Bolsonaro.
Mais cedo no depoimento, o ex-presidente negou que tivesse tratado com qualquer pessoa sobre uma “minuta do golpe”, e disse que tudo o que fez após as últimas eleições gerais aconteceu “dentro das quatro linhas” da Constituição.
Bolsonaro chegou a admitir que foi levantada a possibilidade de um “Estado de sítio”, mas ressaltou que isso não foi feito e garantiu que a medida estaria dentro da Carta Magna.
“Não existe essa possibilidade de que era o presidente assinar o decreto, que tal comandante de força queria, ou não queria, não existiu isso daí”, afirmou.
Ele ainda negou a declaração feita por Mauro Cid no dia anterior de que teria “enxugado” a minuta.
O ministro relator da ação, Alexandre de Moraes, volta a interrogar os réus que compõem o “núcleo crucial” da ação penal que investiga a tentativa de um golpe de Estado após as eleições de 2022.
Além do ex-presidente, o STF ainda deve ouvir os ex-ministros da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, e Walter Braga Neto, que também foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro em 2022. Foram ouvidos, pela manhã, Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, Anderson Torres, ex-ministro da Justiça, e Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI.