O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o segundo a se solidarizar com o ministro Alexandre de Moraes durante a abertura dos trabalhos do tribunal no segundo semestre, durante sessão na manhã desta sexta-feira (1º).
O ministro citou a consternação com o que classificou como “ataques injustos” a membros do Supremo e afirmou que tais ações não vão intimidar o tribunal.
“É com grande consternação, mas com a serenidade que a gravidade do momento exige, que na condição de decano me dirijo a vossas excelências e ao povo brasileiro no dia de hoje. Nos últimos dias temos acompanhado com perplexidade uma escalada de ataques contra membros do STF e assim contra toda a corte e contra o povo brasileiro”, disse Mendes.
Antes de Gilmar, o
‘Crime de lesa pátria’
Ao se solidarizar com Moraes, Gilmar Mendes afirmou que as ações do governo Trump são de natureza política e “demandam uma resposta à altura”. Sem citar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que está nos Estados Unidos e atua por punições a Moraes, Mendes classificou os atos do parlamentar como crimes de “lesa pátria”.
“Atos decorreram de uma ação orquestrada de sabotagem contra o povo brasileiro, por pessoas avessas à democracia, armadas com os mesmos radicalismos e desinformação que vêm caracterizando suas condutas há alguns anos. Os ataques à nossa soberania foram estimulados por radicais inconformados com sua derrota nas últimas eleições”, afirmou Gilmar Mendes.
Ao final de seu pronunciamento, o ministro afirmou que o STF manterá sua postura isenta nas decisões envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro e os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023.
“A democracia e as instituições brasileiras são fortes e resilientes. É por isso que o STF permanecerá inabalável em sua missão de servir à Constituição e ao povo brasileiro”, finalizou.