O presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Luís Roberto Barroso, rememorou nesta sexta-feira (1º) o histórico de ameaças à Corte e defendeu a atuação do tribunal diante das acusações do governo dos Estados Unidos de perseguição ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), réu por tentativa de golpe de Estado.
Em discurso na primeira sessão do STF após o recesso judicial, Barroso afirmou que “as tentativas de quebra de institucionalidade” são frequentes na história da República e destacou que o papel da Corte é “impedir a volta ao passado”.
Segundo o ministro, foi necessário “um tribunal independente e atuante para evitar o colapso das instituições” brasileiras.
Barroso afirmou ainda que o STF não aceitará “qualquer tipo de interferência, venha de onde vier” e elogiou a condução do ministro Alexandre de Moraes como relator do processo sobre a tentativa de golpe de Estado. Ele destacou que ação penal tem tramitado de acordo com o devido processo legal e com respeito ao direito de defesa dos réus.
A reação vem após Moraes e outros sete ministros terem sofrido algum tipo de sanção do governo dos EUA pelo que o presidente americano, Donald Trump, considera uma “caça às bruxas” a Bolsonaro e seus aliados.
Na última quarta-feira (30), Moraes foi sancionado com base na Lei Magnistky, que pune financeiramente aqueles que são considerados violadores dos direitos humanos.