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“Toda pressão que estava sendo feita em cima do presidente era para que ele assinasse o decreto, só não consigo dizer qual decreto, mas que ele assinasse um decreto que ele determinasse uma ação militar, um Estado de defesa, um Estado de sítio”, disse Mauro Cid.
A declaração aconteceu durante os interrogatórios dos réus do chamado “núcleo crucial” da ação penal que apura uma tentativa de golpe de Estado.
Ao todo, nesta segunda serão ouvidos oito réus: Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência; Alexandre Ramagem, deputado e ex-chefe da Abin; Almir Garnier, ex-comandante da Marinha; Anderson Torres, ex-ministro da Justiça; Augusto Heleno, ex-ministro-chefe do GSI; Jair Bolsonaro, ex-presidente da República; Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa; e Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa e vice de Bolsonaro na eleição em 2022.
Moraes e Bolsonaro frente a frente
O ministro Alexandre de Moraes e o ex-presidente Jair Bolsonaro ficam frente a frente no Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, dia que marca o início da fase de interrogatórios do processo que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A audiência será presencial, das 14h às 20h, na sala da Primeira Turma da Corte, em Brasília.
O primeiro a ser interrogado é Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator do caso. Inicialmente, ele e Bolsonaro sentariam lado a lado, mas o STF reorganizou os lugares por questões de segurança.