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Deputados discutem mudança no serviço de vistoria veicular para Cidade Administrativa

Representantes das entidades policiais reclamaram da falta de estrutura para prestação do serviço na Sede do Executivo estadual

Estrutura de local destinado à vistoria de veículos foi criticada em audiência da ALMG

As condições precárias para a vistoria dos veículos em novo local instalado na Cidade Administrativa, sede do Executivo estadual, foi alvo de reclamações durante audiência pública realizada nesta terça-feira (13), na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

Representantes da Polícia Civil e deputados ligados ao setor da segurança pública questionaram a transferência dos serviços e equipes da Divisão de Registro de Veículos, que antes funcionava no Bairro Gameleira, na Região Oeste de BH, para a Cidade Administrativa, no Bairro Serra Verde, em Venda Nova.

Servidores enviaram denúncias de irregularidades no serviço prestado e falta de estrutura.

Atualmente, o serviço de vistorias, que faz parte da Divisão de Registro de Veículos, é prestado pelas Empresas Credenciadas de Vistoria (ECVs), que são terceirizadas.

O requerimento para a audiência com autoridades de trânsito de Minas, é do deputado estadual Sargento Rodrigues, do PL. “Estive lá ontem, não é o policial ou o despachante que me contou, o que vimos é um local completamente inadequado. Como é que transferimos um servidor público, um policial de carreira, para um lugar que não tem água, não tem banheiro, não tem uma mesa, não tem nenhuma condição de trabalho?”, questionou Rodrigues.

O deputado ainda acrescentou que a ausência de policiais no processo pode comprometer a qualidade do serviço, especialmente no caso de carros com chassi adulterado. O deputado diz que a expertise policial é necessária.

“As ECVs não terão a mesma boa vontade, já que não têm a mesma expertise dos policiais. Eles não têm essa preocupação e não têm um comprometimento”, finalizou o deputado.

Período de transição

O representante da Coordenadora de Gestão de Trânsito em Minas, Lucas Vilas Boas Pacheco, informou que a terceirização dos serviços, e transferência de equipes à Cidade Administrativa, não altera o processo de transferências ou vistorias.

“Nenhum cidadão vai lá, mas a transferência dele, que é acionada pelo celular, é feita pela nossa equipe. É uma transição que ainda dependemos de pessoas, mas não oneramos o deslocamento para a Cidade Administrativa”, explicou Pacheco.

Vilas Boas diz ainda que os policiais não foram excluídos do processo, mas agora estão em uma função de retaguarda, auxiliando inclusive vistorias no interior do estado.

“O investimento no serviço de vistoria foi terceirizado, para as ECVs. Não é uma transição simples, mas as equipes estão se apoiando neste período de transição. No serviço de vistoria temos a demarcação que uma parte é administrativa e uma parte é policial”, afirmou Pacheco.

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Jornalista graduado pela PUC Minas; atua como apresentador, repórter e produtor na Rádio Itatiaia em Belo Horizonte desde 2019; repórter setorista da Câmara Municipal de Belo Horizonte.