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Bolsonaro indica Tarcísio, ex-ministros e militares como testemunhas no STF

Defesa busca sustentar que não houve intenção de ruptura institucional por parte do ex-presidente, que é acusado de golpe de estado e outros crimes

Governador Tarcísio de Freitas participou de ato contra Alexandre de Moraes, na Avenida Paulista

Réu por tentativa de golpe de Estado, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentou sua defesa prévia ao Supremo Tribunal Federal (STF), indicando 16 testemunhas, entre elas o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), ex-ministros e ex-comandantes das Forças Armadas.

A defesa foi protocolada na última segunda-feira (28), dias após Bolsonaro ser intimado ainda internado na UTI do Hospital DF Star, em Brasília, onde se recupera de uma cirurgia no intestino.

Entre os nomes arrolados estão o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello (PL-RJ), o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o ex-vice-presidente Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e o senador Rogério Marinho (PL-RN).

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Também foram indicados o brigadeiro Carlos Baptista Júnior e o general Marco Antônio Freire Gomes - que segundo o depoimento de Baptista à PF, teria ameaçado prender Bolsonaro caso o plano de uma tentativa de golpe fosse levada adiante.

O ex-diretor de tecnologia do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Giuseppe Janino, também integra a lista. A defesa busca sustentar que não houve intenção de ruptura institucional por parte do ex-presidente, que é acusado organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado.

Caso seja condenado, Bolsonaro pode pegar até 39 anos de prisão.

Supervisor da Rádio Itatiaia em Brasília, atua na cobertura política dos Três Poderes. Mineiro formado pela PUC Minas, já teve passagens como repórter e apresentador por Rádio BandNews FM, Jornal Metro e O Tempo. Vencedor dos prêmios CDL de Jornalismo em 2021 e Amagis 2022 na categoria rádio