Após protesto realizado por funcionários da Cemig, deputados estaduais de Minas aprovaram a convocação do presidente da estatal, Reynaldo Passanezi Filho, e do diretor-presidente da Cemig Saúde, Anderson Ferreira, para darem esclarecimentos sobre a tentativa de reajustar o plano de saúde da empresa.
A convocação foi aprovada pela Comissão do Trabalho da Assembleia Legislativa nesta quinta-feira (20). A informação foi confirmada à Itatiaia pelo presidente da Comissão, deputado Betão (PT).
"É o fim, praticamente, do plano de saúde dos trabalhadores e aposentados da Cemig, e um aumento exorbitante nos valores. Para se ter uma ideia, um casal hoje que paga R$ 790 pelo plano de saúde, passaria a pagar quase R$ 3 mil para poder ter direito a esse plano de saúde. Então é um ataque, é mais um ataque aos trabalhadores da Cemig. São trabalhadores que dão duro para a gente poder manter a energia aqui no estado de Minas Gerais, que não mereciam isso”, disse Betão.
Comparecimento obrigatório
Na modalidade de convocação, funcionários ligados ao governo de Minas são obrigados a comparecer ao Parlamento mineiro sob pena de responder por crime de responsabilidade, em caso de ausência não justificada, conforme prevê o regimento interno da ALMG e a Constituição Estadual.
O Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Energética de Minas Gerais (Sindieletro-MG) alega que a proposta da Cemig estaria forçando a migração dos servidores para um plano mais caro e com menos benefícios. Segundo divulgado pelo sindicato, sem nenhum tipo de negociação, foi apresentada uma proposta de aumento de 60,5% na tabela de contribuição dos beneficiários e dependentes especiais, além do reajuste de 6,54% (IGPM) na contribuição das patrocinadoras.
Os trabalhadores da Cemig, representados pelo Sindieletro, realizaram um protesto nesta quinta-feira (20), em frente à sede da Cemig, contra as tentativas de mudanças.
A Itatiaia procurou a Cemig para comentar o assunto e aguarda um posicionamento.