Em placar apertado, a Justiça Eleitoral do Rio de Janeiro absolveu o governador Cláudio Castro das acusações de abuso de poder político e econômico, durante o processo eleitoral de 2022.
Quatro dos sete desembargadores do TRE-RJ divergiram do voto do relator, o desembargador Peterson Simão, que havia encaminhado por cassar tanto o mandato de Castro, quanto do vice-governador Thiago Pampolha (MDB) e do presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Rodrigo Bacellar (União), que também foram absolvidos.
Votaram contra a cassação os desembargadores: Marcello Granado, Katia Valverde, Gerardo Carnevale Ney da Silva e Fernando Marques de Campos Cabral Filho. E votaram a favor da cassação de Castro os desembargadores Peterson Barroso Simão - relator do processo -, Daniela Bandeira de Freitas e Henrique Carlos de Andrade Figueira.
Cláudio Castro é acusado de desviar dinheiro público para promover sua candidatura nas eleições de 2022. Os desvios teriam ocorrido na Fundação Estadual de Estatísticas, Pesquisas e Formação de Servidores Públicos (CEPERJ), e na Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).
Em seu voto, o relator afirmou que as irregularidades provocaram desigualdade nas eleições. No entanto, os desembargadores contrários à cassação de Castro entenderam que os desvios não provocaram influência nas eleições de 2022.
Nas redes sociais, Cláudio Castro disse que desde o início confiou na justiça.
“Recebo com profunda humildade a decisão da corte eleitoral do Estado do Rio de janeiro. Desde o início deste processo, reiterei a confiança na Justiça, o que se comprovou hoje. A democracia, pilar fundamental da nossa sociedade, foi brindada com esta decisão.”
O Ministério Público Eleitoral do Rio de Janeiro (MPE-RJ) disse que vai recorrer da decisão.