A deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) cobrou respostas sobre a morte do irmão Diego Ralf Bomfim, 35, e de outros dois médicos, assassinados na orla da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro. O crime completou seis meses nesta sexta-feira (5). A Delegacia de Homicídios concluiu que os cinco criminosos responsáveis pela emboscada foram assassinados por determinação de chefes de uma facção logo após a morte dos médicos. Entretanto, ainda resta esclarecer quem é o mandante.
“Uma dor absurda, impossível, insustentável. Por quê? Executado... Meu irmão? Seis meses depois, não sabemos nada mais sobre o caso. Nada. Nenhuma revelação, nenhuma pista, prova... Vocês devem ter visto na TV no dia seguinte: caso encerrado. Para quem?”, escreveu a parlamentar. “Todos os dias eu acordo frustrada porque não é tudo só um pesadelo. Ninguém merece passar por isso. As milícias precisam ter fim. Todos os responsáveis por ela precisam ser responsabilizados”, acrescentou.
Ortopedista, Diego Ralf Bomfim, e outros três médicos, Perseu Ribeiro Almeida, Marcos de Andrade Corsato e Daniel Sonnewende Proença foram atacados por traficantes em um quiosque na orla da Barra da Tijuca. Apenas Daniel sobreviveu. Eles estavam na cidade para um congresso de ortopedia.
A polícia concluiu que os criminosos confundiram Perseu com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, um dos principais chefes do crime na Zona Oeste do Rio de Janeiro. Após a confusão, o Comando Vermelho ordenou as execuções dos cinco traficantes que participaram do ataque.