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Justiça barra Zambelli de rol de testemunhas de PM que a ajudou em perseguição armada

Deputada também é investigada no caso, mas pelo STF

Deputada se envolveu em confusão na véspera do segundo turno da eleição de 2022

A Justiça de São Paulo excluiu a deputada Carla Zambelli (PL-SP) do rol de testemunhas de defesa do policial militar Valdecir Silva de Lima Dias. Ele é alvo de uma ação movida pelo jornalista Luan Araújo, que, em outubro de 2022, foi perseguido e ficou sob a mira da arma da parlamentar. O policial atuava na segurança da deputada.

Carla Zambelli se envolveu em uma confusão em uma área nobre de São Paulo em 29 de outubro de 2022, véspera do 2º turno das eleições passadas. Vídeos mostram ela correndo atrás de Luan Araújo e apontando uma arma para ele.

Na decisão, assinada nesta terça-feira (27), a juíza Luciane Jabur Mouchaloite Figueiredo, da 21ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo (SP), destacou que Carla Zambelli é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) pelo mesmo caso.

Luciane lembrou que a jurisprudência consolidada de tribunais superiores veda a possibilidade de um corréu depor sobre causa que tenha interesse direto, seja na qualidade de testemunha ou informante.

“Então realmente não poderá ser ouvida como testemunha de defesa neste processo, visto que se não tivesse foro por prerrogativa de função, poderia ser corré perante este mesmo juízo, com interesse no desfecho do processo”, destacou a juíza.

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É jornalista formado pela Universidade de Brasília (UnB). Cearense criado na capital federal, tem passagens pelo Poder360, Metrópoles e O Globo. Em São Paulo, foi trainee de O Estado de S. Paulo, produtor do Jornal da Record, da TV Record, e repórter da Consultor Jurídico. Está na Itatiaia desde novembro de 2023.