O ministro da Defesa, José Múcio, afirmou, nesta sexta-feira (12), que a onda violência no Equador é uma luta do Estado contra bandidos. O ministro minimizou a possibilidade da escalada do conflito afetar a segurança pública no nosso país, uma vez que o Equador não faz fronteira com o Brasil. Durante participação na cerimônia de lançamento do submarino Humaitá, no Rio de Janeiro, José Múcio disse que torce por uma vitória do Estado contra o crime organizado. “Com relação ao Equador, nós temos um problema diminuído pelo fato de não termos fronteira. Estamos torcendo para que eles se saiam bem, é uma luta do Estado contra bandidos, e a gente torce sempre pelo Estado”, afirmou o ministro.
O Equador vive uma onda de violência desde o último domingo (7), quando o líder do grupo criminoso Los Choneros, José Adolfo Macias, conhecido como Fito, fugiu da prisão. Ele cumpria pena de 34 anos de prisão por vários crimes, incluindo tráfico de drogas e homicídios. O presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou, na terça-feira (9), que o país está em “conflito armado interno”.
Durante conversa com jornalistas, Múcio também foi questionado sobre a possibilidade de um conflito bélico entre a Venezuela e a Guiana, em decorrência da disputa do território de Essequibo, que é reivindicado pelo governo de Nicolás Maduro. “Nós torcemos que dê certo, que eles sejam felizes, somos pacíficos e fraternos, não queremos nos envolver nisso”, declarou Múcio.
O submarino Humaitá é o segundo dos quatro submersíveis convencionais construídos no Brasil por meio do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub). O primeiro foi o submarino Riachuelo, entregue em setembro de 2022. Com 72 metros de comprimento e velocidade de 37Km/h, o submarino Humaitá fará o patrulhamento das áreas que abrangem o Atlântico Sul e a Amazônia Azul, como são chamadas as fronteiras marítimas do país.