O ex-CEO da Americanas, Sergio Rial compareceu, nesta terça-feira (28), a uma sessão da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) no Senado. Questionado pelos senadores sobre o
De acordo com o executivo, que
“Não recebi algo no papel. Não recebi algo como se fosse um mapa. Extraía a conta-gotas as informações dia após dia. Não havia uma predisposição para explicar tudo que aconteceu. Nada disso”, afirmou.
“O que eu sabia é que a empresa tinha muito mais dívida bancária do que havia reportado. E o que eu não sabia: como conseguiram fazer isso durante tanto tempo e por quê?”, questionou Rial.
O atual diretor-executivo da Americanas, Leonardo Pereira, também participou da audiência. Ele afirmou que a dívida da empresa é “bastante grande e que a intenção da companhia era começar os pagamentos com os pequenos credores, mas que uma decisão judicial impactou as medidas.
“A gente tentou retirar aqueles credores menores, que são muito machucados nesse processo. A companhia começou a pagar. Mas veio o recurso de um banco, pedindo para suspender os pagamentos. De R$ 240 milhões, a gente pagou R$ 120 milhões para esses credores”, explicou.
Senadores criticam conduta da Americanas
Senadores que participaram da audiência criticaram a conduta da Americanas no caso. Eduardo Braga (MDB-AM) disse que essa é a “maior fraude corporativa que se tem notícia no Brasil”. O parlamentar também criticou a atuação da empresa de auditoria PwC, que não identificou o rombo contábil.
"É uma das maiores fraude corporativas do mundo e não pode ser tratada como pouca coisa. Espero que as Americanas possam dar uma resposta à altura do tamanho da fraude. É preciso esclarecer as razões de uma fraude gigantesca, criminosa. Os acionistas de referência deveriam depositar em juízo o valor equivalente aos micro e pequenos credores e pedir em juízo que fossem liberados esses recursos. O que está aqui em jogo é a reputação”, afirmou Braga.
O senador Otto Alencar (PSDB-BA) também citou a auditoria e disse que ela “fez uma maquiagem na contabilidade da Americanas”.
De acordo com Omar Aziz (PSD-AM), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) deve apurar a conduta da empresa.