Em Orlando, nos Estados Unidos, há mais de um mês, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) declarou que poderia obter cidadania italiana “com pouquíssima burocracia”. Ele foi abordado por uma jornalista do Corriere Della Sera durante um evento.
“Sou italiano. Meu nome é Bolsonaro, meus avós eram de Pádua. Pela sua lei, sou italiano e com pouquíssima burocracia teria cidadania plena”, afirmou.
Recentemente, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que o ex-presidente não havia solicitado a cidadania italiana.
“ [Bolsonaro] nunca pediu a cidadania italiana, e não estou ciente de que ele pode obtê-la”, disse o chanceler em uma entrevista a uma rádio italiana no dia 10 de janeiro.
A declaração de Tajani foi uma resposta a uma consulta feita pelo deputado do partido Europa Verde quando surgiram relatos de que o ex-presidente brasileiro pediria o reconhecimento da dupla cidadania.
“O governo italiano deve ser claro: nenhuma nacionalidade para os filhos de Bolsonaro e o ex-presidente. Não será concedido aos apoiadores dos golpistas”, afirmou o parlamentar no dia seguinte aos atos golpistas registrados no dia 8 de janeiro, em Brasília.
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) chegaram a protocolar pedidos de cidadania na embaixada da Itália em Brasília em 2020.