Os gatos são carnívoros obrigatórios. Ou seja, precisam de nutrientes presentes exclusivamente em produtos de origem animal para sobreviver.
Essa característica fisiológica influencia diretamente sua alimentação, e torna a escolha da dieta um fator decisivo para a saúde felina.
Mesmo com a popularidade das rações industrializadas, muitos tutores ainda têm dúvidas sobre o que oferecer, em quais quantidades e com que frequência.
De acordo com a VCA Animal Hospitals, grupo norte-americano de hospitais veterinários, “os gatos necessitam de proteínas de alta qualidade e de uma quantidade equilibrada de gordura e carboidratos”.
A instituição alerta: “Uma alimentação inadequada pode comprometer o funcionamento de órgãos vitais, causar obesidade ou deficiências nutricionais graves”.
No Brasil, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV) também reforça a importância da orientação profissional.
Em nota técnica sobre alimentação de animais domésticos, o órgão destaca que “o manejo nutricional deve respeitar as necessidades da espécie e ser acompanhado por médico-veterinário habilitado”.
Proteína, hidratação e rotina alimentar
A alimentação adequada começa pela escolha de uma ração balanceada, que atenda às exigências nutricionais da espécie.
Produtos de qualidade contêm taurina, arginina e ácidos graxos essenciais, além de minerais e vitaminas. A VCA recomenda evitar a oferta contínua de comida ao longo do dia.
“Oferecer refeições em horários definidos ajuda a controlar o peso e observar possíveis alterações no apetite”, afirma o guia de alimentação da entidade.
Outra recomendação importante é garantir o consumo de água, algo que nem sempre acontece de forma espontânea.
Por isso, muitas vezes é indicado combinar a ração seca com alimentos úmidos, que contribuem para a hidratação.
O que oferecer (e o que evitar) na alimentação felina
- Rações comerciais de boa qualidade, próprias para cada fase da vida;
- Comida úmida (sachês ou latas), especialmente para gatos que bebem pouca água;
- Petiscos naturais, como pedaços de frango cozido ou atum sem sal e sem conservantes;
- Água fresca e limpa disponível o tempo todo, com troca diária;
- Evitar leite, chocolate, cebola, alho, uvas, ossos cozidos e alimentos com temperos, por serem tóxicos ou prejudiciais ao sistema digestivo.
Avaliação veterinária é essencial para definir a dieta ideal
Fatores como idade, nível de atividade física, estado de saúde e até o ambiente influenciam na dieta mais adequada.
Por isso, o CFMV orienta que qualquer mudança alimentar seja feita com acompanhamento profissional.
Gatos idosos, obesos ou com doenças como diabetes ou insuficiência renal, por exemplo, exigem cuidados específicos.
A observação diária do animal também é importante: mudanças no apetite, perda de peso, aumento da sede ou alterações nas fezes são sinais de alerta. “Muitos tutores não percebem que o gato está comendo menos até que o problema esteja avançado”, alerta a VCA.