Sempre que tentamos fotografar o pet, ele se mexe e a foto nunca sai como o tutor imagina.
Mas com técnicas adequadas, sensibilidade e paciência, é possível fazer ótimas fotos do seu bichinho, mesmo com o celular, desde que se saiba respeitar o tempo e o comportamento do animal.
De acordo com a American Society for the Prevention of Cruelty to Animals (ASPCA), é importante compreender o ritmo do pet e não forçá-lo a situações desconfortáveis.
“Capture momentos quando o animal estiver calmo ou envolvido em uma atividade prazerosa. Brinquedos e petiscos podem ser usados para direcionar a atenção e criar um ambiente positivo”, orienta Dylan Austin, representante da ASPCA Pet Insurance.
O renomado fotógrafo Vincent Musi, colaborador da National Geographic, conhecido por seus retratos de cães, reforça essa ideia: “Você não pode dizer a um animal o que fazer. Eles é que ditam o ritmo”.
Para ele, a chave está em observar com paciência e esperar o momento espontâneo, mais do que tentar controlar a cena.
Conheça os truques que fazem a diferença
Seja com celular ou câmera profissional, algumas práticas ajudam a transformar o clique:
- Utilize luz natural, principalmente pela manhã ou no fim da tarde
- Evite flash, ele pode assustar o animal;
- Posicione-se no nível dos olhos do pet para capturar expressões mais próximas e emotivas;
- Escolha fundos neutros que não desviem a atenção do protagonista;
- Use o modo retrato ou desfocado para destacar o pet;
- Fotografe em modo contínuo (burst mode) para capturar a melhor expressão em meio a movimentos
Segundo a fotógrafa Amanda Jones, autora do livro Dog Years, manter o ambiente confortável é essencial.
“Ambientes familiares deixam os animais mais relaxados e isso se reflete nas imagens. É quando você consegue capturar a verdadeira essência deles”, diz.
Celular ou câmera: o que importa é o olhar
Ainda que câmeras DSLR com lentes específicas ofereçam maior controle de foco e profundidade de campo, os smartphones atuais são grandes aliados da fotografia pet.
Funções como HDR, foco manual e modos retrato são suficientes para ótimos resultados. O importante é o olhar de quem faz a foto e deve ser sensível, atento e paciente.
Para quem quer ir além, é possível investir em cursos de fotografia animal ou buscar referências visuais em portfólios de fotógrafos especializados.
Mas, acima de tudo, o mais importante é se conectar com o animal, respeitar seus limites e tornar o momento agradável.
Como resume a própria ASPCA: “O melhor retrato é aquele que mostra o pet sendo ele mesmo: brincando, descansando, interagindo. Quando há respeito, o resultado aparece na imagem”.