A companhia de um animal de estimação pode ser muito mais do que um simples conforto.
Para muitas pessoas, esses amigos de quatro patas se tornam verdadeiros pilares de apoio e desempenham um papel importante no tratamento e suporte de pessoas que enfrentam desafios emocionais e psicológicos.
Estudos mostram liberação de
Diferente de cães de serviço (leia mais abaixo), cães de suporte emocional (CSEs) não precisam de treinamento específico, pois seu benefício está no vínculo afetivo.
Proporcionam companhia, afeto, aumento da motivação, melhora do humor, além de ajudar a aliviar sintomas de ansiedade, depressão, estresse e outras condições.
De acordo com a psicóloga, a companhia constante e o amor incondicional de um animal de estimação podem ajudar a combater sentimentos de solidão e tristeza, comuns em quadros depressivos, por exemplo.
Outro fator é o aumento da autoestima e da confiança, pois cuidar de um animal e receber seu carinho pode fortalecer o senso de responsabilidade e promover a interação social.
Sem falar do estímulo à atividade física: cães, em particular, incentivam seus tutores a se movimentarem, seja através de caminhadas, corridas ou brincadeiras no parque.
Quais animais podem ser de assistência emocional?
Embora cães e gatos sejam os animais de assistência emocional mais comuns, qualquer animal de estimação pode desempenhar esse papel, desde que seja capaz de proporcionar conforto e apoio emocional ao seu tutor.
Aves, coelhos, porquinhos-da-índia e até mesmo cavalos podem ser considerados animais de assistência emocional, desde que haja um vínculo genuíno e comprovado entre o animal e seu tutor, explica a empresa Petz em publicação no blog da organização.
A American Kennel Club (AKC) definiu CSE como “animal de estimação que proporciona conforto terapêutico a uma pessoa com uma condição psiquiátrica ou emocional”, distinguindo-os dos cães de serviço que realizam tarefas.
Em suma, CSEs são importante apoio terapêutico. A clareza na legislação brasileira é necessária, assim como a distinção oficializada entre CSEs e cães de serviço, para evitar equívocos e garantir direitos.
Como obter o “título” de Animal de Assistência Emocional para o pet?
No Brasil, a legislação ainda não possui uma regulamentação específica para animais de assistência emocional.
Mas é fundamental que o animal seja “prescrito” por um profissional de saúde mental, que ateste a necessidade do apoio emocional do animal para o tratamento do paciente.
Apenas cães de serviço, treinados para tarefas específicas (guia, alerta médico, etc), têm direito de acesso público (Lei nº 11.126/2005).
A Associação Brasileira de Treinadores de Cães de Assistência (ABRASCA) ressalta que “o treinamento de um cão de serviço é um processo longo e complexo...”, diferente dos CSEs cujo papel é o conforto emocional.
Dicas para tutores de animais de assistência emocional
Para garantir o bem-estar do seu animal de assistência emocional e aproveitar ao máximo os benefícios dessa parceria, considere as seguintes orientações recomendadas pela empresa Petz::
- Cuide da saúde do seu pet: certifique-se de que seu animal de assistência emocional esteja com a saúde em dia, com vacinas atualizadas e acompanhamento veterinário regular;
- Treinamento e socialização: Invista em treinamento básico de obediência e socialização para que seu animal possa acompanhá-lo em diferentes ambientes de forma segura e confortável;
- Identificação: utilize coleiras, guias e placas de identificação que indiquem que seu animal é de assistência emocional.
- Respeite os limites: nem todos os lugares permitem a presença de animais de estimação, mesmo que sejam de assistência emocional. Por isso, respeite as regras e procure se informar sobre os direitos do seu animal.