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Como a pesquisa do envelhecimento de gatos pode ajudar cientistas a entender a velhice humana

Projeto compara o desenvolvimento cerebral de mais de 150 espécies de mamíferos, e agora está se expandindo para incluir dados sobre envelhecimento

Envelhecimento de gatos pode ajudar em pesquisas de doenças humanas

Pesquisas sobre cérebros de gatos pode ajudar cientistas a descobrirem mais fatos sobre o cérebro humano. Isso porque segundo descobertas apresentadas na Lake Conference on Comparative and Evolutionary Neurobiology, cérebros dos gatos envelhecem iguais aos de seres humanos.

O projeto compara o desenvolvimento cerebral de mais de 150 espécies de mamíferos, e agora está se expandindo para incluir dados sobre envelhecimento. A esperança é que esses estudos ajudem a desvendar doenças relacionadas à idade, como o Alzheimer.

Na década de 1990, pesquisadores iniciaram o Translating Time, que compilavam dados sobre quanto tempo o cérebro leva para atingir uma série de marcos de desenvolvimento em vários mamíferos. Isso pode ajudar os cientistas a vincular observações do desenvolvimento animal à idade humana correspondente.

Há muito tempo, cientistas se frustram com as limitações dos modelos laboratoriais quando se trata do envelhecimento humano. Os camundongos vivem apenas alguns anos, não o suficiente para acumular parte dos danos causados pelas doenças neurodegenerativas. Eles também podem ter mecanismos que os humanos não têm para limpar aglomerados de proteínas mal dobradas chamadas placas, que são marcas do Alzheimer. Isso pode ser o motivo pelo qual muitas terapias para tratar a doença não funcionaram.

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Uma alternativa pode ser utilizar animais de estimação. Eles vivem mais que os camundongos, compartilham ambientes com donos e são vítimas de doenças humanas, como diabetes e obesidade, por exemplo.

Geralmente, os gatos vivem mais tempo que os cães, e não são tão consanguíneos para características específicas. Por isso, os pesquisadores têm coletado dados de clínicas veterinárias e zoológicos, que pedem que os donos enviem dados sobre seus animais de estimação.

Até agora, foram coletados milhares de dados de felinos, e mais de 50 já fizeram exames cerebrais. Agora, a equipe analisa as informações para averiguar qual idade felina equivale à humana. Um gato de um ano, por exemplo, equivale a um humano de 18 anos. Aos 15 anos, um gato teria 80 na idade humana.

Podem ser desenvolvidos diversos sistemas de modelos para diferentes aspectos do envelhecimento e da neurodegeneração. Os camundongos são ‘pobres’, mas ainda são valiosos e serão usados, segundo os pesquisadores.


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