Em resposta à Itatiaia, a Prefeitura de Ouro Preto se manifestou sobre o funcionamento do transporte da Saúde. O posicionamento foi enviado após um caso relatado em plenário, envolvendo uma paciente que perdeu um exame para início de tratamento oncológico.
A professora Aparecida Vitória da Silva relatou, na Câmara Municipal de Ouro Preto, ter perdido um exame essencial para iniciar a quimioterapia porque o transporte da Secretaria de Saúde não passou no dia 3 de dezembro. A saída deveria ser às 4h15, ela aguardou até 7h30 no ponto combinado, mas o veículo não passou.
O caso motivou cobranças por parte de alguns vereadores, que pediram ajustes no sistema e sugeriram medidas como a criação de uma casa de apoio para pacientes em tratamento fora do município.
Em nota à Itatiaia, o Executivo informou que oferece transporte a todos os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) que precisam se deslocar para outros municípios para dar continuidade ao tratamento. Segundo a Prefeitura, o serviço atende diferentes demandas, como Tratamento Fora de Domicílio (TFD), hemodiálise, internações hospitalares e deslocamentos dentro do próprio município, incluindo distritos.
De acordo com a administração municipal, pacientes em tratamento contínuo, como hemodiálise, não precisam realizar agendamento prévio. Já usuários do TFD saem da própria consulta médica com o transporte previamente marcado. Nos casos em que o paciente precisa solicitar o serviço, como tratamentos oncológicos em Belo Horizonte, a orientação é procurar o posto de saúde de referência com antecedência mínima de 48 horas.
A Prefeitura informou ainda que a frota da Saúde conta atualmente com mais de 120 veículos, entre vans acessíveis, micro-ônibus e automóveis, e realiza mais de 5 mil atendimentos por mês. Desse total, cerca de 1.500 deslocamentos são feitos para Belo Horizonte, enquanto aproximadamente 2.500 atendem pacientes de distritos ou pessoas com dificuldade de locomoção até a Policlínica.
Sobre atrasos ou falhas no serviço, o Executivo reconheceu que podem ocorrer problemas pontuais, como descumprimento de rota por prestadores de serviço, atrasos operacionais ou falhas no agendamento. A Prefeitura afirmou que trabalha para reduzir esses episódios por meio de ajustes permanentes e atualização dos sistemas de comunicação.
Em relação aos deslocamentos para Belo Horizonte, a administração explicou que cerca de 60 pacientes são transportados diariamente, com saída prevista a partir das 4h15, em pontos fixos definidos em conjunto com o Conselho Municipal de Saúde. Segundo a nota, atrasos podem ocorrer em função do percurso entre os pontos de embarque.
A Prefeitura orienta que pacientes que enfrentarem problemas no transporte registrem a ocorrência na Ouvidoria Municipal, para que os casos sejam apurados e eventuais falhas corrigidas.