Ouro Preto passou a integrar o novo conjunto de cidades contempladas pelo Governo Federal com verbas destinadas à preservação do patrimônio cultural. O município receberá R$ 41,8 milhões do Novo Programa de Aceleração do Crescimento, voltado à recuperação de bens tombados em diferentes regiões do país. A confirmação ocorreu na quarta-feira, 10 de dezembro, durante cerimônia promovida pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional em Congonhas.
Na ocasião, o prefeito Angelo Oswaldo assinou o Termo de Compromisso que formaliza o repasse e recebeu do presidente do Iphan, Leandro Grass, o cheque simbólico com o valor total. O evento marcou a entrada do município na etapa de execução de projetos já analisados tecnicamente pelos órgãos responsáveis. O prefeito afirmou que a liberação dos recursos permitirá a continuidade do planejamento municipal voltado à conservação de edificações históricas e disse que o investimento representa movimentação econômica para a cidade e fortalecimento das políticas culturais.
Os valores serão destinados a obras de restauração em monumentos, igrejas e espaços urbanos protegidos. A Igreja de São Francisco de Assis, considerada uma das principais referências arquitetônicas de Ouro Preto e atribuída ao mestre Aleijadinho, receberá cerca de R$ 1,5 milhão para intervenções estruturais. Outras duas edificações também foram incluídas no conjunto de ações previstas: a Igreja de São Francisco de Paula e a Igreja de Nossa Senhora das Mercês e Misericórdia, conhecida como Mercês de Cima.
As obras integram o planejamento municipal de preservação e se somam às iniciativas desenvolvidas em 2025, ano em que Ouro Preto completou 45 anos do reconhecimento como Patrimônio Mundial pela Unesco. A Prefeitura e o Iphan afirmam que os investimentos do Novo PAC reforçam a cooperação entre os governos federal e municipal, garantindo condições para a continuidade das intervenções programadas para os próximos anos.