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Seminário debate alimentação escolar e fortalecimento da agricultura familiar na Região dos Inconfidentes

Moradoras relatam experiências com a merenda oferecida nas redes municipal e estadual

Representantes de instituições públicas, técnicos da área rural, nutricionistas e produtores participaram, nesta terça-feira (14), de um seminário sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE), realizado no Grêmio Literário Tristão de Ataíde, em Ouro Preto (MG). A atividade contou com a presença de profissionais da Emater-MG, da Secretaria de Estado de Educação de Minas Gerais e de autoridades municipais de Mariana, Ouro Preto, Itabirito, Acaiaca e Diogo de Vasconcelos.

O encontro teve como foco o debate sobre os avanços e desafios relacionados à execução da alimentação escolar na região. Foram abordadas as diretrizes do PNAE, iniciativa federal que garante refeições nas escolas públicas e estabelece a prioridade na compra de produtos oriundos da agricultura familiar.

Durante o evento, nutricionistas apresentaram as etapas do processo de aquisição e preparo dos alimentos, ressaltando os critérios técnicos exigidos para garantir a segurança alimentar e a qualidade das refeições oferecidas aos estudantes. Técnicos da Emater-MG destacaram o papel da assistência técnica no apoio aos agricultores, com o objetivo de assegurar regularidade e conformidade na entrega dos produtos.

O seminário também discutiu formas de integração entre produtores, técnicos e gestores públicos para otimizar a articulação entre produção rural e alimentação escolar, fortalecendo o vínculo entre campo e escola.

A atividade integra ações regionais voltadas à consolidação do PNAE como política pública de apoio à alimentação dos estudantes e de estímulo à produção agrícola local.

Pamela, de 24 anos, garçonete, moradora do bairro Ouro Preto de Bahia, contou que sua filha estuda em escola municipal e costuma receber arroz, feijão, carne ou legumes, além de frutas durante a semana. Ela afirmou estar satisfeita com a alimentação escolar oferecida à criança.

Já Patrícia, de 30 anos, auxiliar de padeiro, tem três filhos com idades entre 3 e 10 anos. Segundo ela, as refeições nas escolas seguem orientações da equipe de nutrição, e seus filhos nunca reclamaram da comida. Ela considera que houve melhorias no cardápio ao longo do tempo.

Tatiana, técnica de enfermagem de 39 anos, é mãe de dois filhos que estudam em escolas públicas, sendo uma municipal e outra estadual. Ela afirmou que a escola municipal oferece mais variedade, principalmente na oferta de carne. Disse ainda que os filhos não costumam fazer reclamações e que, em casa, a família está satisfeita com a alimentação escolar.

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Laura Gorino é graduanda em Jornalismo na UFOP e atua como Assistente de Comunicação na rádio Itatiaia Ouro Preto. Ela trabalha na cobertura de pautas de diversos nichos, com um interesse especial em jornalismo cultural.