O Sistema Único de Saúde (SUS) é um pilar fundamental para o tratamento de saúde mental no Brasil. Em Minas Gerais, no entanto, o atendimento enfrenta desafios significativos. A rede de Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), principal estrutura de atendimento especializado, muitas vezes sofre com a falta de recursos, profissionais insuficientes e alta demanda.
Taciana, coordenadora da saúde mental em Ouro Preto, fala à Itatiaia sobre o início do trabalho de cuidado em saúde mental:
“A reforma psiquiátrica buscou transformar o tratamento da saúde mental, promovendo a reintegração social e um cuidado mais humano e acessível. Antes, o cuidado era marcado por internações prolongadas e tratamentos desumanos, como no caso do manicômio de Barbacena. A reforma propôs um novo paradigma, focado no cuidado comunitário e na atenção integral ao paciente.”
Ela também dá detalhes sobre o modelo de tratamento:
“A reforma psiquiátrica deve promover o bem-estar emocional, social e econômico, indo além do tratamento de sintomas. É essencial oferecer serviços como terapia, suporte e reabilitação psicossocial, além de apoiar cuidadores, especialmente familiares. O objetivo é promover a autonomia dos pacientes e o cuidado integral dos envolvidos.”
Apesar das dificuldades, iniciativas como a ampliação de programas de apoio psicossocial e o fortalecimento da atenção primária têm mostrado resultados positivos em algumas regiões.
Além disso, campanhas como o Janeiro Branco buscam mobilizar a sociedade e as autoridades para a criação de políticas públicas mais robustas.