O neurologista catarinense Alysson Viana de Oliveira Fonseca, de 42 anos, foi proibido de exercer a medicina por decisão do Conselho Regional de Medicina de Santa Catarina (CRM-SC). A interdição cautelar, válida por seis meses, foi referendada no dia 21 de novembro pelo Tribunal Superior de Ética Médica e já está em vigor.
Preso preventivamente desde julho em uma operação do CyberGaeco, Alysson é acusado de armazenar 13 mil imagens de exploração sexual infantil e de gravar pacientes nuas durante atendimentos. Em agosto, ele tornou-se réu em um processo penal sob sigilo, por envolver menores de idade, conforme a Justiça catarinense.
As investigações começaram após um alerta do Google, que identificou conteúdo de abuso infantil em contas vinculadas ao médico. A operação resultou na apreensão de celulares, notebooks e HDs, onde foram encontradas provas das acusações.
Alysson atuou em várias cidades, incluindo Ouro Branco e Conselheiro Lafaiete (MG), além de localidades em Santa Catarina, São Paulo e Rio Grande do Sul. Em 2016, foi demitido do Hospital Raymundo Campos, em Ouro Branco, o que gerou mobilização de moradores pedindo sua recontratação, quando ainda não havia questionamentos sobre sua conduta.
A defesa de Alysson informou ao g1 que está colaborando com as autoridades e classificou o caso como complexo. Contudo, preferiu não comentar detalhes devido ao sigilo judicial.
A suspensão médica busca prevenir novos riscos enquanto o processo segue na Justiça.