Reajustes salariais aprovados em diversas cidades de Minas Gerais têm gerado polêmica e preocupação entre os eleitores. As decisões, tomadas no fim das legislaturas, estão sendo criticadas pela população, que questiona a falta de prioridade em relação a outras demandas sociais e econômicas.
Em Ouro Branco, os aumentos já estão sendo chamados de “farra de final de legislatura”. A partir de 2025, os salários passarão a ser: prefeito, de R$ 24.474 para R$ 33.900; vice-prefeito, de R$ 12.348 para R$ 18.900; secretários, de R$ 10.258 para R$ 15.316; e vereadores, de R$ 8.372 para R$ 10.500, além de R$ 1.200 em vale-alimentação. O reajuste gerou forte descontentamento popular, especialmente diante do cenário econômico.
Em Ouro Preto, o salário do prefeito será de R$ 35.000, o da vice-prefeita Regina Braga (PSD) será de R$ 23.000, e os secretários passarão a receber R$ 20.000.
Já em Mariana, o prefeito passará a receber R$ 30.000, o vice-prefeito, R$ 13.870,47, e os secretários municipais, R$ 15.000. A lei também prevê correção anual dos valores com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Em Congonhas, o reajuste salarial chamou atenção pelo valor expressivo. A partir de 2025, o salário do prefeito será de R$ 43.900, próximo ao teto do funcionalismo público federal, ocupado pelo presidente Lula (PT), que recebe R$ 44.000 por mês.
O vice-prefeito de Congonhas passará a ganhar R$ 27.900 e os secretários, R$ 19.900. O salário do prefeito de Congonhas superará o de todos os gestores das capitais brasileiras, como, por exemplo, o de Ricardo Nunes (MDB), prefeito de São Paulo, que recebe cerca de R$ 38.000. A lei também prevê reajustes anuais com base no INPC.
As medidas têm provocado intenso debate entre os moradores das cidades mineiras, que enxergam os reajustes como incompatíveis com a realidade econômica do país.
