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Ouro Preto busca indenização contra BHP em processo na Inglaterra

Município alega prejuízos econômicos e ausência em ações da Fundação Renova

Representantes da Prefeitura de Ouro Preto estão em Londres em busca de indenização no julgamento contra a mineradora BHP, que começou em 21 de outubro. O município argumenta que, apesar de ter sido impactado pelo rompimento da Barragem do Fundão em 2015, não recebeu recursos da Fundação Renova, responsável pela reparação dos danos do desastre. Entre os representantes presentes estão o procurador-geral de Ouro Preto e o chefe de gabinete da prefeitura, que acompanham a ação ao lado de lideranças de outras cidades, como Ponte Nova e Marilândia (ES).

A Prefeitura de Ouro Preto estima que, após o rompimento da barragem operada pela Samarco, sediada na cidade, a arrecadação municipal reduziu em 20% nos primeiros anos, o equivalente a cerca de R$ 40 milhões anuais. Atualmente, a perda se mantém em torno de 10% da arrecadação anual.

O processo em Londres visa responsabilizar a BHP, que detém controle da Samarco em parceria com a Vale, e pede indenizações estimadas em R$ 248 bilhões (US$ 44 bilhões). O caso é representado pelo escritório Pogust Goodhead, que atende cerca de 620 mil pessoas, 46 prefeituras e 1.500 organizações afetadas pelo rompimento, incluindo empresas e entidades religiosas.

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Matheus Renovato, belo-horizontino de 24 anos, é estudante de Jornalismo na Universidade Federal de Ouro Preto, atua como Assistente de Comunicação na Itatiaia Ouro Preto. Seu interesse se volta especialmente para as áreas do jornalismo político, cultural e esportivo.
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