O Brasil vai precisar de uma nova leva de profissionais para não ficar para trás na corrida da
O relatório, chamado “Prospectiva Industrial: Formação Profissional”, faz uma projeção do futuro da
Segundo o estudo, a indústria está passando por uma grande transformação, com a chegada de tecnologias como Inteligência Artificial (IA), internet das coisas industrial (IIoT), gêmeos digitais e robôs colaborativos. O ONI destaca que essa mudança exige um novo tipo de trabalhador, que não só opera a máquina, mas entende os sistemas, analisa dados e resolve problemas complexos.
As projeções foram estruturadas com base no “Modelo de Prospectiva Industrial”, que combina análise e estimativas de como as tecnologias e as novas formas de organização vão se espalhar nas empresas e o impacto que elas terão na vida dos trabalhadores.
Quais são as novas tecnologias?
O estudo aponta várias tecnologias que vão mudar a forma como a indústria funciona. Para você entender melhor, separamos as principais:
- Inteligência Artificial (IA): Análises que ajudam a prever problemas em máquinas, otimizar processos e tomar decisões automáticas.
- Internet Industrial das Coisas (IIoT): É a conexão de máquinas, sensores e sistemas que permite monitorar tudo em tempo real na fábrica.
- Gêmeos Digitais: Cópias virtuais de máquinas ou sistemas físicos que permitem fazer testes e simulações, reduzindo erros e custos.
- Manufatura Aditiva (Impressão 3D): Criação de objetos camada por camada a partir de desenhos digitais, ideal para fazer peças sob medida ou protótipos.
- Robôs Colaborativos (Cobots): Robôs feitos para trabalhar junto com o ser humano, melhorando a segurança e a eficiência.
Novos cargos e o que você precisa aprender para não ficar parado
Com a chegada dessas tecnologias, o mercado de trabalho vai exigir novas profissões. O estudo mostra a demanda por profissionais de nível técnico e superior até 2035.
- Técnico em Manutenção Preditiva: Profissional que usa sensores e sistemas para prever quando uma máquina vai falhar e age antes que ela pare de vez. A demanda por esse profissional deve crescer de 15% para 40% das empresas nos próximos 10 anos.
- Técnico em Cibersegurança Industrial: Especialista em proteger as redes das fábricas contra ataques de hackers. A demanda pode saltar de 25% para 60% em 10 anos, principalmente em setores de alto risco como energia e química.
- Técnico em Microrredes e Energias Renováveis: Profissional que instala e cuida de sistemas de energia solar e eólica nas indústrias. A demanda deve subir de 30% para 50% das empresas até 2035.
- Especialista em Gêmeos Digitais: Cria cópias virtuais de equipamentos para testar melhorias e planejar a manutenção. A demanda por esse cargo pode chegar a 40% das empresas em 10 anos.
Para se dar bem nessa nova fase da indústria, o estudo do ONI destaca a importância de algumas habilidades. As mais importantes são:
- Fluência digital: Saber usar computadores, plataformas e dados para trabalhar.
- Aprendizagem ativa: Estar sempre disposto a aprender e se atualizar, sem esperar um curso formal.
- Análise de dados: Conseguir transformar informações de sensores e máquinas em algo útil para o dia a dia da produção.
- Pensamento crítico: Usar a lógica para questionar e avaliar se as soluções propostas pelas máquinas são realmente as melhores para o negócio.
- Comunicação: Saber se comunicar com clareza em equipes que reúnem diferentes profissionais, como o pessoal de TI e os operadores de fábrica.
O estudo deixa claro que as empresas precisam começar a se preparar, oferecendo cursos e treinamentos. O governo e as escolas técnicas também têm um papel fundamental, criando cursos e laboratórios que ensinem essas novas competências, para que os trabalhadores possam se adaptar e o Brasil não perca o bonde da nova revolução industrial.