Nesta segunda-feira (24), na Arena MRV, o ciclo Energia do projeto Itatiaia Eloos reuniu autoridades, executivos e especialistas para discutir os
Nos painéis, representantes do governo, de agências reguladoras e de grandes empresas do setor debateram como o país pode aproveitar o potencial energético para garantir competitividade, segurança jurídica e expansão sustentável.
Painéis
O terceiro painel pautou como a descarbonização está transformando o setor automotivo, a indústria e o consumo de energia. O painel destacou o crescimento da mobilidade elétrica, a urgência de políticas públicas que incentivem a infraestrutura de recarga e a importância de integrar a sustentabilidade às estratégias empresariais. Os palestrantes também reforçaram que a transição energética precisa ser economicamente viável e socialmente inclusiva.
Confira abaixo os um resumo dos principais pontos abordados.
Crescimento das fontes renováveis
Entre os temas centrais, destacaram-se o avanço das fontes renováveis, o crescimento da demanda puxada por data centers e indústrias, e a necessidade de infraestrutura adequada para reduzir desperdícios e ampliar a confiabilidade do sistema. Especialistas reforçaram a importância de modernizar marcos regulatórios para estimular investimentos, viabilizar o armazenamento de energia e equilibrar custos ao consumidor, especialmente em um cenário em que a produção cresce, mas o escoamento ainda enfrenta barreiras.
Consumo e mercado livre de energia
Outro ponto recorrente foi o papel do consumidor do futuro, tanto o gerador quanto o regulado, no novo desenho do mercado. A abertura do mercado livre, prevista na MP 1.304/2022, foi vista como um passo decisivo para ampliar a concorrência e promover justiça tarifária, sobretudo para pequenas empresas e usuários de baixa tensão. Os participantes defenderam a adoção de modelos que tragam clareza, transparência e previsibilidade às regras, garantindo equilíbrio entre investimento público e privado.
Transparência na comunicação
As empresas do setor ressaltaram ainda o desafio de comunicar de forma clara a evolução do sistema e de preparar o ambiente para tecnologias emergentes, como armazenamento, autoprodução e soluções digitais. Executivos apontaram que o Brasil vive um “bom problema”: o excesso de energia em determinados momentos, que exige planejamento estratégico para definir quais fontes são mais adequadas a cada uso e como integrá-las com eficiência.