Na Gerdau, parte das decisões estratégicas já não passa apenas por gestores. A companhia vem transferindo responsabilidades para algoritmos e sistemas de inteligência artificial, em um processo de automação que, segundo o CEO da empresa, Gustavo Werneck, já faz parte do dia a dia da empresa.
A tecnologia tem sido aplicada tanto para otimizar resultados quanto para reduzir riscos operacionais. Ao antecipar falhas e automatizar etapas críticas, a inteligência artificial (IA) ajuda a proteger trabalhadores e aumenta a confiabilidade das operações. “Avançamos muito no uso da tecnologia. Hoje usamos robôs para tirar pessoas de atividades que possuem maior risco laboral”, afirma o executivo.
Ceo da Gerdau, Gustavo Werneck
Com processos automatizados e assegurados por algoritmos de IA, a empresa diminui os riscos de acidentes. “Toda manhã, quando o líder chega nas nossas usinas, ele roda esse algoritmo, que pega dezenas de variáveis e aponta qual área que tem maior probabilidade de acontecer um acidente”, detalha Gustavo Werneck.
Na usina de Ouro Branco, em Minas Gerais, já se utiliza a tecnologia Full 5G. Câmeras de segurança foram instaladas para prevenir fatalidades durante as operações da empresa. ”Caso um operador tire capacete dele, imediatamente as câmeras identificam isso, rodam o algoritmo e toda a produção é pausada”, aponta o CEO.
Werneck conta que a tecnologia está diretamente relacionada à segurança das pessoas. Para a empresa, a digitalização não é tendência de futuro, mas um caminho já consolidado — capaz de combinar segurança, eficiência e competitividade em um setor historicamente marcado por altos riscos e processos intensivos.
