Evolução da mineração: apontamentos dos anuários da ANM

Análise de anuários da ANM mostra mudança no setor entre 2019 e 2023, com protagonismo do minério de ferro e avanços rumo à transição energética

Análise de anuários da ANM mostra mudança no setor entre 2019 e 2023, com protagonismo do minério de ferro e avanços rumo à transição energética

O Anuário Mineral Brasileiro, publicado anualmente pela Agência Nacional de Mineração (ANM), é uma das principais referências sobre a atividade minerária no país. Baseado, principalmente, nos Relatórios Anuais de Lavra (RAL) das empresas e nos dados de arrecadação da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM), o documento traz um retrato detalhado do setor. Na edição de 2024, com ano-base 2023, os números confirmam a força da mineração: o valor da produção mineral comercializada chegou a R$ 204,4 bilhões, representando cerca de 82% do total nacional.

O desempenho reflete um movimento intenso nos últimos anos. Em 2019, o setor registrou R$ 128,9 bilhões, subiu para R$ 193,5 bilhões em 2020 e atingiu o recorde de R$ 312,9 bilhões em 2021. Depois, veio a retração: R$ 223,4 bilhões em 2022 e R$ 204,4 bilhões em 2023. Mesmo com essa queda, a mineração segue como um dos pilares da economia brasileira.

Para esta reportagem, foram analisadas as edições de 2024, 2023, 2022, 2021 e 2020 do anuário, publicações que revelam o dinamismo do setor. Cada edição reúne dados do ano anterior — por exemplo, o documento divulgado em 2023 apresenta informações referentes a 2022.

Minério de ferro: o pilar da mineração

Entre todas as substâncias, o minério de ferro continua sendo o grande protagonista da mineração brasileira. Em 2023, ele respondeu por 73% do valor total da produção das 14 substâncias metálicas listadas no anuário, além da grafita. Minas Gerais e Pará dominam esse mercado: juntos, somaram R$ 204 bilhões, com participação de 44,6% para Minas e 43,2% para o Pará.

Em 2022, a produção mineral chegou a R$ 223 bilhões, novamente com o minério de ferro liderando e concentrado, sobretudo, nos dois estados. Nos anos anteriores, a lógica se repete: Minas e Pará no topo e o ferro como base da produção.

Transição energética

Além do minério de ferro, cresce a atenção para minerais estratégicos ligados à transição energética, como alumínio, cobre, cromo, grafita, lítio, manganês, níquel e zinco. Desde o anuário de 2023 (ano-base 2022), a grafita passou a figurar entre as principais substâncias, dada sua relevância para a produção de baterias e outras tecnologias verdes.

O lítio, por exemplo, ganhou destaque no anuário mais recente. Minas Gerais, único produtor nacional, registrou em 2024 (ano-base 2023) uma produção bruta de 1.904.183 toneladas. A grafita também apresentou números expressivos: aproximadamente 1,6 milhão de toneladas em 2023, com Minas Gerais e Bahia liderando a produção.

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